População de Areia denuncia depredação e destruição em prédio reconhecido como Patrimônio Histórico Nacional
Conforme apurou o ClickPB, a administração local iniciou há cerca de uma semana uma obra no piso do ‘Casarão de José Rufino’, um dos principais símbolos da cidade e segundo populares, teria realizado uma modificação não permitida.
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Moradores do município de Areia denunciaram ao portal ClickPB um possível crime contra o patrimônio histórico nacional. Conforme apurou o ClickPB, a administração local iniciou a cerca de uma semana uma obra no piso do ‘Casarão de José Rufino’, um dos principais símbolos da cidade, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No entanto, em três senzalas o piso teria sido retirado sem permissão do órgão nacional.
O material que, segundo a denúncia, teria sido destruído tem mais de 200 anos, já que o Casarão foi edificado por volta de 1818 pelo português Francisco Jorge Torres. Após anos abandonado, na década de 1970 foi restaurado pelo areense José Rufino de Almeida e tornou-se símbolo da cidade brejeira.
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Os populares detalharam que ao questionar a gestão sobre de quem seria a obra, teriam sido informados que a mesma era de responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura. De acordo com a denúncia, a gestora do município Sílvia César Farias da Cunha Lima já teria tido conhecimento do ocorrido.
O Portal ClickPB entrou em contato com o escritório do Iphan no município, que confirmou que a obra em execução no casarão foi embargada. Porém ao ser questionado quanto ao motivo, foi solicitada a reportagem o contato com o superintendente, Hyago Celane. A reportagem tentou entrar em contato na manhã desta segunda-feira (23) com o número disponibilizado no site do Iphan, porém não obteve sucesso, assim como não obteve sucesso ao tentar entrar em contato com a prefeitura de Areia. O ClickPB disponibiliza o e-mail [email protected] para receber posicionamentos dos citados sobre o caso.
Segundo o Iphan, o conjunto histórico e urbanístico de Areia foi tombado, em 2006. Para o tombamento, o órgão baseou-se no valor histórico, urbanístico e paisagístico atribuído ao conjunto, pela ativa participação da cidade nas revoluções ocorridas no século XIX. Também se destaca o valor da cidade como remanescente arquitetônico dos séculos XVIII e XIX e da paisagem natural que a circunda. Na área tombada existem cerca de 420 imóveis.
Nas redes sociais, uma postagem realizada de forma conjunta, há 7 dias, pela Seinfra de Areia e a Secretaria de Turismo anunciavam as ações no imóvel. Hoje (23) o perfil ‘Cidade de Areia’ no instagram, emitiu uma nota de repúdio sobre o caso. Confira detalhes:
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