OPadre Egídio de Carvalho, ex-diretor do Hospital Padre Zé, teve seu pedido de prisão domiciliar em Recife negado pelo juiz titular da 4ª Vara Criminal, José Guedes Cavalcanti Neto. O pedido foi feito durante audiência de custódia na terça-feira (21), onde o religioso é réu junto com Amanda Duarte Silva e Jannyne Dantas Miranda e Silva, ex-diretora administrativa e ex-tesoureira do hospital, respectivamente.
Atualmente, o Padre Egídio cumpre prisão domiciliar em um apartamento no Cabo Branco, na Paraíba, monitorado por tornozeleira eletrônica. A defesa do religioso havia solicitado a transferência da prisão para Recife, alegando problemas de saúde e a necessidade de acompanhamento médico especializado, que não estaria disponível na Paraíba.
Escândalo no Hospital Padre Zé
O Padre Egídio e as demais acusadas são investigados por suposto desvio de recursos de R$ 140 milhões do Hospital Padre Zé, instituição filantrópica que era dirigida pelo religioso. As investigações tiveram início em setembro de 2023, após o furto de mais de 100 celulares doados pela Receita Federal ao hospital.
Além do furto, uma denúncia anônima ao Ministério Público da Paraíba apontou uma série de outras irregularidades na gestão do Padre Egídio, como superfaturamento de contratos, compras de bens de luxo e pagamentos indevidos.
Em outubro de 2023, a Arquidiocese da Paraíba afastou o Padre Egídio de suas funções religiosas e a gestão do Hospital Padre Zé constatou diversas dívidas que comprometem a funcionalidade da instituição.