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Blog do Vavá da Luz

O ocaso de um insignificante Ministro”, por Luiz Carlos Nemetz

O ocaso de um insignificante Ministro”,

por Luiz Carlos Nemetz

Celso de Mello, de direito, esteve foi ministro. Mas nunca foi um Ministro de fato, pois nunca foi realmente um sacerdote da Justiça.

Anunciou sua tardia aposentadoria junto ao Supremo Tribunal Federal para o início de outubro após mais de três décadas de uma pálida carreira.

Vaidoso, exibido, vingativo, traiçoeiro, rancoroso, volúvel, influenciável, fraco a pressões, falso moralista e prolixo esse homem fez muito mal ao judiciário brasileiro e ao país.

Com votos cheios de sofismas, longos e cansativos, virava palavras para dizer muito pouco.

Narcisista ao extremo não perdia a oportunidade para se auto proclamar subliminarmente, com seu erre puxado, como o príncipe das “arcadas” – referência à Faculdade de Direito do Largo do São Francisco, em São Paulo, como se lá, e só lá, fosse a sementeira da inteligência e da cultura jurídica brasileira.

Guardo na memória dois votos seus que assisti em plenário, ambos dando refrescos e arregos inconcebíveis, sob argumentos teratológicos, à escória da estrutura corrupta que corrói o Brasil.

Referenciado como sendo um homem culto, quando na verdade nunca o foi.

O Ministro responsável por sua nomeação ao STF, o Jurista Saulo Ramos, o cunhou definitivamente como sendo “um juiz de merda!”.

E essa é a síntese real da sua verdadeira qualificação e da trágica trajetória desse desbotado senhor que agora vai se encontrar com sua história: a falta da edificação de uma obra. E vai abraçar o seu destino: o ostracismo em vida!

Como homem lhe devoto compaixão. Como ministro, desprezo!

Aliás, já vai muito tarde quem nunca deveria ter vindo!

Festejo o fim da carreira deste destino (descolorido, juiz).

A Corte Constitucional com a pior composição da sua história, começa a sofrer uma saudável renovação asséptica.

Alguns raríssimos (se é que se pode usar o plural) dos seus ministros honram com muita modéstia as togas que envergam.

Outros, como Celso Mello, na verdade não se prestam ou sequer servem – como se diz na Ponta Aguda – para apitar briga de galos.

Com o perdão do trocadilho infame, o STF e o Brasil se veem aliviados com a saída de cena de Celso de Mello, que se traduz numa autêntica e confortável defecção.