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O “furo” que ninguém quer dar (veja o vídeo)

O “furo” que ninguém quer dar (veja o vídeo)

Bolsonaro fez uma piada com a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo e isso vem sendo tratado como um absurdo, como se fosse algo inaceitável. Ele disse que ela quis dar “um furo”, fazendo uma ironia em alusão ao depoimento de Hans River, que acusou a jornalista de ter se insinuado sexualmente para obter informações.

Para o jurista Miguel Reale Junior, Bolsonaro vive “alucinado nas trevas” e que pode sofrer impeachment por “xingar a repórter”.

Leonardo Sakamoto, no UOL, acusou Bolsonaro de ter cometido “violência sexual contra a jornalista”. Sim, foram essas as palavras que ele usou no título da coluna.

Diogo Mainardi, do Antagonista, disse no twitter que Bolsonaro “renovou a ofensa de cunho sexual” e que isso “é pior do que Golden Shower. Ou seja, para ele, xixi no rosto é melhor do que uma suposta ofensa. Muitos liberais curtiram a postagem.

Já João Amoedo e Rodrigo Constantino cobraram “liturgia do cargo”.

Luciano Huck também se manifestou. Disse que “Atiçar a violência contra a mulher e atacar o jornalismo independente são desserviços monstruosos”, como se Bolsonaro fosse um monstro e tivesse atiçado violência contra alguém. É muita cara de pau!

O sindicato dos jornalistas do Estado de São Paulo fez nota de repúdio contra o que classificou como “ataque misógino”.

Ora, onde estavam todas essas personalidades e entidades quando políticos e jornalistas fizeram chacota com os estupros sofridos pela ministra Damares? Ou seja, fazer chacota com estupros sofridos por uma criança, tá liberado. Mas fazer uma ironia besta com uma jornalista da Folha, aí não pode né?

Ainda que a postura de Bolsonaro não agrade a todos, a forma como isso é tratado demonstra que o senso de proporções – assim como o senso de ridículo – foi completamente perdido. Isso sim pode ser classificado como uma agressão sexual contra a inteligência dos leitores.

E para não esquecer do furo alheio, o verdadeiro furo que ninguém quer dar é que as mensagens em massa pelo Whatsapp, segundo testemunha, foram enviadas pelo PT, não por Bolsonaro.

Confira: