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NOTICIAS DE INGÁ – Agreste ganha primeira nova indústria do algodão orgânico – Cooperativa dos Agricultores de Ingá irá inaugurar Usina

Nesta Segunda, 08 de Maio, será um dia histórico para os Ingaenses, a Cooperativa dos Agricultores de Ingá irá inaugurar sua nova Usina de beneficiamento do algodão orgânico.
Essa é uma grande conquista para a cidade de Ingá e para a região, pois a nova Usina de algodão promete gerar empregos e fortalecer ainda mais a economia local.

A realização deste projeto contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Ingá e da ITACOOP, além do patrocínio de empresas como Dalila e Cataguases, e a colaboração da Empaer, Instituto IA, Sebrae e Senai.

Durante a solenidade haverá um desfile de modas destacando peças confeccionadas com o algodão orgânico e detalhes em artesanato local como o labirinto produzido em Chã dos Pereiras e Pontina.

Todos estão convidados para fazer parte deste dia histórico.

A USINA

Com 32 toneladas e seis metros de altura, a imponente Lummus chegou em Ingá desmontada, transportada por duas carretas. Uma parte dela veio da Bahia e a outra do Espírito Santo. Ela vai ocupar 500 dos 600 metros quadrados no galpão local. A montagem mobilizou 12 pessoas, entre engenheiro e técnicos, que trabalharam durante 90 dias. “Até o momento, oito pessoas já estão treinadas para a operação do equipamento que vai transformar por hora cerca de 4000 quilos de algodão em rama em oito fardos de 190 kg de algodão em pluma”, comemora Antônio Barbosa da Silva, presidente da Itacoop.

O BENEFICIAMENTO

Importante destacar que a fibra é o principal produto do algodão (40%), mas seus coprodutos (caroço, óleo e torta) representam 60% e contribuem com o valor agregado da cadeia produtiva. Com a industrialização, a ideia é atender a produção da Paraíba, e expandir para o mercado do Rio Grande do Norte e do Ceará. “Nós levamos oito meses para descaroçar o algodão (em turnos diários de oito horas), hoje nós podemos fazer em 72 horas (nove dias em turnos de oito horas), sobrando tempo para beneficiar algodão de outros produtores”, explica o presidente da cooperativa.

SEPARAÇÂO DA PRODUÇÃO

O equipamento deve atender apenas produtores de algodão agroecológico branco e colorido. Por isso, o beneficiamento será feito em cubas separadas. A máquina tem três cubas. Há duas cubas exclusivas para o algodão branco e para o colorido já certificados como orgânicos; e outra cuba para o algodão agroecológico em processo de transição para a certificação.

INDUSTRIALIZAÇÃO

A máquina de beneficiamento representa a revolução industrial de Ingá que vem se adequando para a transformação que isso deve causar, como novos fluxos de pessoas e o aumento do consumo.

EMPRESAS PARCEIRAS E CERTIFICAÇÃO

Na visão do diretor da Dalila Têxtil o foco é preparar o processo e a qualidade do algodão orgânico paraibano para viabilizar a emissão das certificações internacionais, como o GOTS, para levar este algodão para os mercados de exportação. “Esta é uma jornada longa e desafiadora. Estamos agora em um momento divisor de águas, onde os investimentos estão todos focados na emissão das certificações internacionais, para que possamos valorizar devidamente o projeto”, completou. Klein esclarece que o mercado brasileiro está amadurecendo em relação aos produtos com viés de sustentabilidade. No entanto, o algodão orgânico da Paraíba, por ser artesanal, ainda tem um custo muito alto comparado ao algodão tradicional que é feito em escala e com uso de agrotóxicos. “Por esta razão, é tão importante seguirmos investindo na melhoria dos processos do algodão orgânico da Paraíba, para que esta matéria-prima seja valorizada de forma adequada”, esclarece.

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  • Agreste ganha primeira nova indústria do algodão orgânico com inauguração no município de Ingá

    A agricultura familiar da região do Agreste paraibano terá nesta segunda-feira, 08 de maio, a inauguração de sua primeira nova indústria de beneficiamento do produto orgânico, empreendimento adquirido pela Cooperativa dos Agricultores Familiares do Município de Ingá e Região (Itacoop) e inauguração a partir das 10 horas da manhã, na sede da fábrica, localizada no Bairro da Estação, naquela cidade.

    Em diálogo com Stúdio Rural, o gerente do regional da Empaer Paraíba Itabaiana, Paulo Emilio Carneiro de Souza, explicou detalhes do novo empreendimento justificando ser de fundamental importância ao fortalecimento da agricultura familiar de toda região que conta com uma região com potencial para o bom desenvolvimento da agrobiodiversidade do algodão nos sistemas agroalimentares.  “Trata-se de uma das maiores agroindústrias pra beneficiamento do algodão orgânico da Paraíba e do Nordeste, um grande marco pra nossa região aqui do Vale do Paraíba e pra Paraíba toda, principalmente para o Projeto Algodão Paraíba que está sustentado em quatro pilares: o agricultor familiar com seu trabalho, sua vontade e sua terra pra trabalhar; a Empaer Paraíba com assistência técnica e extensão rural; as prefeituras municipais, principalmente a prefeitura de Ingá que dá um grande apoio aos agricultores familiares dando corte de terra, dando logística e também assistência através de seus técnicos da prefeitura auxiliando os técnicos Empaer; e as empresas compradoras do algodão e que garantem a compra do algodão”, explica Paulo Emílio ao dialogar com o público Stúdio Rural justificando que as famílias produtoras já sabem a quem e a que preço vender de forma antecipada.

    Emílio acrescentou que o algodão representa cultura de renda que se soma a diversidade da agropecuária justificando que as famílias têm amplas possibilidade produtivas do milho, feijão, dentre outras alimentares que se somam a pecuária e ao mesmo tempo a fibra, o caroço, dentre outros.

    Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural