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Nem esquentaram direito nem as camas das celas. Empresários da Ultrafarma e Fast Shop deixam prisão após decisão da Justiça

Sidney Oliveira, proprietário da rede de farmácias Ultrafarma e Mario Otavio Gomes, executivo da varejista Fast Shop
Sidney Oliveira, proprietário da rede de farmácias Ultrafarma e Mario Otavio Gomes, executivo da varejista Fast Shop. Fotomontagem: Reprodução

Nesta sexta-feira (15), a Justiça de São Paulo autorizou a soltura de Sidney Oliveira, proprietário da rede de farmácias Ultrafarma, e de Mario Otavio Gomes, executivo da varejista Fast Shop. Ambos haviam sido presos na última terça-feira (12).

A detenção ocorreu durante uma operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) voltada a desarticular um esquema de corrupção que envolvia auditores fiscais da Secretaria da Fazenda estadual.

Na decisão que garantiu liberdade provisória, o juiz impôs medidas cautelares aos dois empresários. Entre elas estão o uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento mensal à Justiça, proibição de contato com investigados e testemunhas, entrega de passaportes e pagamento de fiança.

Enquanto isso, o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, apontado como beneficiário de propinas para conceder vantagens tributárias a empresas, teve a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias e permanece detido.

Apreensão de dinheiro na operação do MPSP para averiguar o empresário Sidney Olliveira. Foto: Reprodução

A ação faz parte da Operação Ícaro, conduzida pelo GEDEC (Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos) com o apoio da Polícia Militar. O objetivo é desmantelar a atuação de um grupo criminoso suspeito de intermediar benefícios fiscais ilegais.

As investigações apontam que a organização favorecia empresas do setor de varejo em troca de vantagens financeiras indevidas. Os investigadores analisam documentos e registros apreendidos para detalhar o alcance do esquema.

Segundo o Ministério Público, as vantagens obtidas incluíam a redução de tributos e facilidades no relacionamento com órgãos fiscais. A apuração ainda busca identificar todos os envolvidos e a extensão do prejuízo aos cofres públicos.

A Operação Ícaro continua em andamento, e novas diligências devem ocorrer nos próximos dias para aprofundar a coleta de provas e consolidar o caso contra os suspeitos.

Publicado por

 Lindiane Seno

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