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Blog do Vavá da Luz

Movimento Lilás avalia apagamento do termo LGBT da pasta de Direitos Humanos

Movimento Lilás avalia apagamento do termo LGBT da pasta de Direitos Humanos

 

prof eduardo - 'UMA DAS MEDIDAS MAIS NEFASTAS' Movimento Lilás avalia apagamento do termo LGBT da pasta de Direitos Humanos

Bolsonaro retira LGBTQ+ da lista de políticas destinadas aos direitos humanos

A MP 870/19 que já passa a vigorar, mas que vai precisar de aprovação no Congresso Nacional estabelece a organização da Presidência e dos Ministérios

De acordo com a MP, as políticas públicas relacionadas ao homossexuais e transgênero foram substituídas pelo termo genérico “combate à discriminação”.

 

recorte MP - 'UMA DAS MEDIDAS MAIS NEFASTAS' Movimento Lilás avalia apagamento do termo LGBT da pasta de Direitos Humanos

O presidente do Movimento do espírito Lilás Prof. Eduardo definiu as mudanças na estrutura do Governo Bolsonaro envolvendo o movimento LBGTI como sendo “ Crônicas de uma morte anunciada” parafraseando o escritor Gabriel Garcia Marques. Eduardo lembrou que esse apagamento LGBTI seria o primeiro passo para a desintegração dos direitos dos homossexuais no país. O segundo passo seria o combate à essa população.

Segundo o Professor essa seria uma das medidas mais nefastas e esse discurso de ódio do Presidente  pretende apagar o que prega o mais alto comissariado das nações Unidas que  define como um dos direitos indissociáveis do ser humano o direito à sexualidade plena.

A nossa reportagem conversou também com a Presidenta da Associação brasileira de Lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexos (ABGLT) Simmy Larrat que explicou como a MP 870/19 interfere nas políticas públicas para os LGBTI.

Simmy  disse que antes existia uma Secretaria de promoção e defesa dos direitos humanos, e ali ficava a pasta LGBTI. Portanto a pasta já não existia e que a mesma não foi retirada. O que preocupa o movimento é o local onde essa pasta seria relocada.

De acordo com Simmy existem rumores de que a pasta LGBTI ficaria em uma Secretaria Nacional de proteção global, deixando nítido de que a pauta LGBTI ficaria mais no campo da proteção e menos no campo da promoção de igualdade e cidadania. Outra preocupação da Presidenta é de que a pasta seja sublocada na Secretaria da família, uma vez que a configuração de família pregada pelo Presidente eleito e a ministra Damares só reconhecem a tradicional, excluindo portanto os casais homoafetivos e as diversas outras formações de família.

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A lógica dessa gestão segundo Simmy seria excludente e heteronormativa, cisnormativa que não promove a cidadania das pessoas LGBTI.

Confira abaixo a estrutura base do Governo publicadas na Medida Provisória

A Medida Provisória 870, publicada no DOU desta quarta-feira, 2, estabelece a organização básica dos órgãos da presidência da República e dos ministérios, que conforme já anunciado, passa a funcionar com 22 pastas. Pela MP, que vai ser submetida ao Congresso Nacional na volta do recesso, são 16 ministérios: Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Cidadania; Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; Defesa; Desenvolvimento Regional; Economia; Educação; Infraestrutura; Justiça e Segurança Pública; Meio Ambiente; Minas e Energia; Mulher, Família e Direitos Humanos; Relações Exteriores; Saúde; Turismo; e a Controladoria-Geral da União.

Entre as políticas e diretrizes destinadas à promoção dos direitos humanos estão incluídos explicitamente as “mulheres, crianças e adolescentes, juventude, idosos, pessoas com deficiência, população negra, minorias étnicas e sociais e índios”. As pessoas LGBT, que antes eram citadas nas estruturas de Ministérios e Secretarias Especiais da Presidência, foram excluídas.

Na estrutura do novo ministério existem seis secretarias nacionais: Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres; Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente; Secretaria Nacional da Juventude; Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.

Antes, a pauta LGBT estava com status de diretoria e era submetida à Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos. Caso essa pauta possua alguma estrutura de gestão ou seja trabalhada pela gestão nacional, estará provavelmente sob a tutela da Secretaria Nacional de Proteção Global e Secretaria Nacional da Família.

O Conselho Nacional de Combate à Discriminação continua, mas de acordo com o decreto tem a função de formular e propor diretrizes de ação governamental. A execução de ações para a população LGBT depende de pastas especificas que ainda não foram detalhadas.



Fonte: Polêmica Paraíba / Correio Braziliense/vavadaluz