
LAVA JATO INVESTIGA VITAL DO RÊGO, MINISTRO DO TCU POR RECEBIMENTO DE PROPINA
Vital do Rêgo teria recebido dinheiro da OAS para não convocar executivos da empreiteira para depor. São cumpridos mandados no DF e na Paraíba
A 73ª fase da Operação Lava Jato investiga o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo. Ele foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro por suposto recebimento de propina pela OAS enquanto era presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado, em 2014.
De acordo com denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Vital do Rêgo recebeu R$ 3 milhões de Leo Pinheiro, então presidente da OAS, para que os executivos da empreiteira não fossem convocados para depor CPI. As propinas foram pagas por meio de doações ao PMDB e por meio de repasses a empresas sediadas na Paraíba.
A operação foi batizada de Ombro a Ombro e foi deflagrada após Leo Pinheiro promover delação premiada. São cumpridos 15 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em três municípios paraibanos (Cabedelo, Campina Grande e João Pessoa). Vital do Rêgo teve 4 milhões em bens bloqueados.
Rei das Coxinhas foi point de propina para Vitalzinho, diz Lava Jato

Parte dos R$ 2 milhões levados em espécie a Vital do Rêgo Filho em 2014 teria tido a lanchonete ‘Rei da Coxinhas’, na divisa entre Paraíba e Pernambuco, como point de entrega da propina. É o que revela o despacho da Força Tarefa da Lava Jato de Curitiba (veja abaixo).
A quantia foi coordenada pelo empresário João Lyra, a pedido de Léo Pinheiro, empreiteiro da OAS. Vitalzinho era senador da República naquele ano e candidato ao governo da Paraíba.
Os outros repasses aconteceram no Restaurante Tio Armênio, no Shopping Center Recife, no Recife, e no aeroclube de João Pessoa.
O hoje ministro do Tribunal de Contas da União é alvo das investigações da 73ª fase da Lava Jato por ter supostamente recebido vantagens ilícitas de empreiteiras enquanto presidia a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras. Ele teve bens bloqueados pela Justiça Federal no Paraná.

Reprodução/MPF
Fonte: Jornal de Brasília;Por Maurílio Júnior/VAVADALUZ