O deputado federal Manoel Júnior acaba de anunciar que vai processar o jornalista Wellington Farias. Ele nega que o tenha ameaçado, como foi noticiado pelo próprio jornalista nas redes sociais.
“A única coisa que eu disse fora do ar foi ‘me respeite, que eu sou um homem de bem’. Se isso é agressão, paciência. Tudo isso que está sendo publicado sobre o ocorrido com Wellington Farias é mentiroso por parte dele e de quem inventou. Não houve nenhuma ameaça minha a esse cidadão. Vou interpelá-lo judicialmente para que ele se justifique e não repita mais isso”, declarou.
O caso pegou fogo depois de Wellington contar que, no intervalo do programa Correio Debate, Júnior colocou o dedo no seu nariz e o chamou de moleque e que ele, Wellington, aguentou o tranco e denunciou no ar a agressão do deputado.
O episódio gerou, inclusive, uma nota de solidariedade ao jornalista, emitida pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais , na qual repudia com veemência a agressão de Júnior a Wellington. Leia:
Nota de solidariedade ao jornalista Wellington Farias
A Diretoria do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba vem a público prestar solidariedade ao jornalista Wellington Farias, que, no último dia 02 de outubro, durante programa de rádio em que é comentarista, sofreu agressões verbais por parte do deputado federal Manoel Júnior (PMDB), caracterizando-se como uma tentativa de cercear a opinião do profissional. Só neste dia 06, tais fatos vieram à tona com o relato do nosso colega.
Após debaterem ao vivo, o parlamentar se aproveitou dos microfones desligados no intervalo comercial e dirigiu-se ao jornalista com o dedo em riste e aos gritos, afirmando que ele havia ferido sua honra. Wellington, na verdade, fizera, dias antes, uma análise sobre os rumores de indicação de Manoel Júnior para o Ministério da Saúde, assim como centenas de jornalistas por todo o país, desagradando o deputado.
Repudiamos qualquer tipo de agressão a jornalistas em seu exercício profissional, especialmente vindos de agentes públicos e detentores de cargos eletivos, uma vez que, ao contrário da forma como muitos se comportam, não podem usar de seus poderes e prerrogativas contra as liberdades democráticas, mas sim têm a máxima obrigação de defendê-las.
07 de outubro de 2015
DIRETORIA DO SINDJOR-B