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Blog do Vavá da Luz

LIBERAÇÃO De EMENDAS Bate RECORDE Com TEMER, Ao Todo, Foram LIBERADOS 10,7 BILHÕES De REAIS

LIBERAÇÃO De EMENDAS Bate RECORDE Com TEMER, Ao Todo, Foram LIBERADOS 10,7 BILHÕES De REAIS

  • NBO
  • 08/01/2018

LIBERAÇÃO de EMENDAS bate RECORDE com TEMER
. Ao todo, foram LIBERADOS 10,7 BILHÕES de REAIS …
Em ano de DELAÇÃO do Grupo J&F e suspensão de DUAS DENÚNCIAS CRIMINAIS contra o presidente Michel Temer, as EMENDAS PARLAMENTARES TIVERAM EM 2017 O MAIOR VALOR LIBERADO DOS ÚLTIMOS QUATRO ANOS.
.Ao todo, foram 10,7 bilhões de reais, um CRESCIMENTO DE 48% EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR E 68% MAIOR DO QUE O LIBERADO EM 2015, quando a execução se tornou obrigatória.
> As emendas parlamentares são indicações feitas por deputados e senadores de como o governo deve gastar parte dos recursos previstos no Orçamento. Os parlamentares costumam privilegiar seus redutos eleitorais. Incluem desde dinheiro para obras de infraestrutura, como a construção de uma ponte, até valores destinados a programas de saúde e educação.

Embora impositivas – o governo é obrigado a pagá-las -, a prioridade dada a algumas emendas ainda é fruto de negociação política. Por isso, são usadas para barganhar apoio em votações importantes no Congresso.

Em dezembro, enquanto o governo ainda tentava votar a reforma da Previdência, houve a maior liberação mensal de empenhos, com 3,24 bilhões de reais (30,1% do total). A conta inclui as indicações feitas individualmente por parlamentares e pelas bancadas estaduais e do Distrito Federal. Os descongestionamentos de recursos no fim do ano, motivados pela constatação de que o rombo nas contas públicas seria menor do que o previsto, ajudaram a acelerar o ritmo de liberações no mês.

Antes disso, os meses seguintes à divulgação da delação premiada da J&F, que implicaram Temer, concentravam os maiores valores liberados aos projetos dos parlamentares. Foram 2,02 bilhões de reais em junho e mais 2,24 bilhões em julho.

Durante a votação da primeira denúncia baseada na delação, no dia 2 de agosto, o então ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy (PSDB-BA), foi flagrado negociando a liberação de emendas com deputados da base aliada. “As emendas existem para serem executadas, independentemente de serem oriundas de parlamentar da base ou da oposição. Na época das votações, a oposição sempre vem com essa cantilena, mas na verdade esse trabalho deve ser permanente”, afirmou o atual titular da pasta, Carlos Marun (MDB-MS).

SAÚDE
Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo nas mais de 7.000 emendas individuais que tiveram algum valor executado ao longo do ano mostra que 93,5% do desembolsado pelo governo foi para a saúde, única área cuja destinação é obrigatória por lei. Os dados são do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop).
Do 1,36 bilhão de reais que foi para a saúde, quase a totalidade (98%) serviu para apoio e manutenção de unidades em cidades indicadas por parlamentares. O deputado Domingos Neto (PSD-CE), por exemplo, direcionou 11,28 milhões de reais para abastecer os Fundos Municipais de Saúde de 36 prefeituras no interior do Ceará. Sua emenda foi a de maior valor pago no ano.

A segunda área que mais teve emendas pagas foi agricultura, com 39 milhões de reais. A maior delas foi de outro governista, o deputado Valdir Colatto (MDB-SC), que conseguiu a liberação de 2,34 milhões de reais para 21 cidades de seu Estado – entre elas Cordilheira Alta, que recebeu 341.000 reais para comprar uma escavadeira hidráulica, e Vargem Bonita, que teve 253.000 reais para construir a Casa do Produtor, local que servirá para o comércio da produção agrícola.

Embora tenha sido o segundo órgão com o maior número de emendas individuais empenhadas no Orçamento do ano passado, o Ministério das Cidades não teve nenhuma delas pagas em 2017. O mesmo ocorreu com Transportes, Meio Ambiente e Transparência. Quando uma emenda é empenhada, mas não paga, ela fica na fila de pagamentos do ano seguinte, como restos a pagar.

PARTIDOS
Na divisão por legendas, 72,8% das emendas empenhadas foram indicadas por parlamentares da base. O MDB foi o mais contemplado (1,032 bilhão de reais). Parlamentares do PT, que tem a segunda maior bancada na Câmara, tiveram 831 milhões de reais. Na comparação com o que foi efetivamente pago, porém, a diferença é maior. Foi 1,13 bilhão de reais para parlamentares da base (75,8%), ante 254,05 milhões de reais (17,1%) para opositores.