Leo Bezerra durante entrevista à CBN João Pessoa — Foto: CBN João Pessoa.
O vice-prefeito de João Pessoa, Leo Bezerra (PSB), concedeu entrevista à CBN João Pessoa nesta quarta-feira (29) e falou sobre o cenário político local, a posição do PSB e sua relação com o governador João Azevêdo e o prefeito Cícero Lucena. Durante a entrevista, o vice-prefeito destacou que não tem obrigação de votar em Lucas Ribeiro, pré-candidato ao governo estadual, e reforçou sua lealdade a João Azevêdo e Cícero Lucena.
Ao ser questionado sobre um suposto rompimento entre o grupo do prefeito Cícero Lucena e o governador João Azevêdo, Leo respondeu:
“Essa palavra não existe de rompimento. Acho que as últimas entrevistas do prefeito Cícero foram muito claras. O prefeito Cícero disse, em alto e bom som, que vota no governador João Azevêdo. Agora, se ele não quiser, não tem o que fazer. Isso é nada mais que natural. Alguém vai votar no outro obrigado? Não. Não, eu vou votar em você obrigado? Não. Mas nesse caso então… só vota… que é rompimento sendo concretizado? Não, não.”
Sobre o apoio a Lucas Ribeiro, Leo destacou:
“Então, o PSB, o meu partido, abriu uma discussão para justamente votar em João para senador, e João abriu uma discussão para votar em Lucas para governador, não foi isso? Não é isso que tá acontecendo? Lucas é de que partido? É do PSB. Progressistas. Eu tenho uma obrigação de votar em Lucas? Não. Eu tenho a obrigação, no meu entendimento, por ser presidente do partido, de seguir o meu partido? O meu partido em âmbito nacional, existe coligação com o PP? Não. Não existe essa coligação e não existe uma condição. Eu tenho que votar em Lucas, não! Não existe essa condição.”
Quando questionado sobre a possibilidade de o PSB estadual apoiar Lucas Ribeiro, Leo explicou:
“Se eu fizer aqui vários ‘si’, e se Cícero não for candidato? E se João não for candidato? E se Lucas não for candidato? E se o PP nacionalmente não puder coligar com o PSB e João não puder ser senador ao lado de Lucas? E se Lucas mudar de partido? Olha quantos ‘si’. Eu vou ter que te responder aqui. Então, é injusto essa pergunta. Mas a população de João Pessoa tem que entender que não existe ‘si’ na política. Se existe, tudo pode acontecer. Hoje, o cenário… é a minha lealdade…”
Ele acrescentou:
“Sim, eu lhe pergunto: eu teria condições de andar nas ruas de João Pessoa dizendo que não voto em João? Eu teria como andar nas ruas de João Pessoa dizendo que não voto em Cícero? Eu seria justo com Cícero? Eu seria justo com João? Um amigo só pede ao outro o que o outro pode dar. Ninguém pode pedir uma loucura a outro amigo. Então, Cícero passou 5 anos dizendo, desde o meu primeiro mandato… quando eu assumi com Cícero, João Pessoa tem dois prefeitos: Léo tá aqui, Léo isso, Léo aquilo. E qual alguém tem dúvida que João me colocou, o meu partido me colocou, na condição de vice de Cícero? Não. A abertura que o governador me deu… hoje eu sou conhecido, não só em João Pessoa, mas em toda Paraíba, por ser um aliado do governador João Azevêdo, num passeio de primeira hora, e vou continuar sendo parceiro de primeira hora de João. Eu voto em João e voto em Cícero.”
