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Júri popular condena acusados do assassinato do médico Artur Eugênio genro de Iremar, ex prefeito de Inga

Cláudio Júnior pegou 34 anos de cadeia e Lyferson Barbosa, 24 anos.
As sentenças foram anunciadas na madrugada desta segunda-feira (26)

Acabou na madrugada desta segunda-feira (26) o julgamento de dois dos cinco acusados de matar o médico Artur Eugênio Pereira, 35 anos. O júri popular condenou Cláudio Amaro Gomes Júnior a 34 anos e quatro meses de prisão. Lyferson Barbosa da Silva pegou 26 anos e quatro meses de cadeia. Os defensores dos dois réus recorreram logo depois do anúncio das sentenças.

O julgamento começou na quarta-feira (21), no Fórum de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Depois de cinco dias de apresentações de dados, vídeos e debates entre acusação e defesa, a sentença foi anunciada às 4h desta segunda.

A  juíza Inês Maria de Albuquerque Alves, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Jaboatão dos Guararapes, pediu várias vezes para os presentes ao fúrum evitarem manifestações após o anúncio das sentenças. A viúva de Artur, Carla Azevedo, apenas fez gestos de agradecimento, silenciosamente.

Artur Eugênio foi morto em 12 de maio de 2014,em Jaboatão. Além de CLáudio Júnior e Lyferson são acuasdos de envolvimento no homicídio o médico Cláudio Amaro Gomes, pai de Cláudio Júnior e apontado como mandante do crime, e Jailson Duarte. Flávio Braz morreu em tiroteio com a polícia, em 2015.

Carla Azevedo, viúva do médico, foi a primeira a falar durante o julgamento (Foto: Penélope Araújo/G1)Carla Azevedo, viúva do médico, foi a primeira a
falar no julgamento (Foto: Penélope Araújo/G1)

Na quarta-feira, primeiro dia do júri, foram ouvidas testemunhas de defesa e de acusação dos réus. Viúva de Artur Eugênio, a médica Carla Azevedo foi a primeira testemunha a ser ouvida e se emocionou durante o depoimento ao lembrar do companheiro e da rotina do casal no dia em que ele foi assassinado.

Na quinta-feira (22),  o júri assistiu a depoimentos em vídeo de quatro testemunhas. Na sessão, as ouvidas duraram 5h35. Na sexta (23), houve a exibição de mais depoimentos gravados. Inicialmente marcado para o dia 14 de setembro, o julgamento foi adiado a pedido da defesa de um dos réus.

O caso
A polícia concluiu que o mandante do crime foi um colega de trabalho, o cirurgião Cláudio Gomes, que contou com a ajuda do filho, Cláudio Amaro Gomes Júnior, para executar o plano.

O cirurgião responderá por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima. Já o filho dele vai responder pelo mesmo crime, além de furto qualificado e dano qualificado, pelo uso de substância inflamável.

Cláudio Júnior, por sua vez, teria chamado Jailson Duarte César para contratar os homens que cometeriam o assassinato: Lyferson Barbosa da Silva e Flávio Braz de Souza. Jailson e Lyferson também responderão por homicídio duplamente qualificado, além do crime de dano qualificado. Flávio foi morto em uma troca de tiros com a Polícia Militar, em fevereiro de 2015. Cláudio, Cláudio Júnior, Jailson e Lyferson estão presos.

A juíza Inês Maria de Albuquerque Alves decidiu pela realização do júri popular, em agosto de 2015. A decisão foi tomada a partir dos laudos periciais e das audiências de instrução e julgamento, realizadas entre 14 de outubro de 2014 e 10 de junho de 2015. Ao todo, foram ouvidas cerca de 60 testemunhas, além dos quatro réus.

Do G1 PE