Jovem de 17 anos enfrenta preconceito por vender picolé em ruas de Bananeiras
Uma jovem, de 17 anos, chamada Lucyanna resolveu contar sua história de superação nas redes sociais, em busca de dinheiro, para garantir o próprio sustento, e acabou atraindo milhares de curtidas, sobretudo pela simplicidade e sinceridade com que decidiu divulgar como ganha a vida.
Na postagem feita em sua página no Instagran ela lamentou o fato de algumas pessoas se espantarem por ela estar sob o sol quente, se esforçando, para ganhar o próprio dinheiro honestamente.
No relato da jovem, ela faz uma reflexão para quem olha torto pra ela por conta da profissão e lembra – “Todo trabalho é digno”.
Só neste sábado (10) a postagem tinha mais de 3 mil curtidas e centenas de comentários dando força e parabenizano a menor pela coragem e iniciativa.
Confira a postagem na íntegra, ou veja direto no instagram da jovem AQUI
Faz 3 anos que vendo picolé e ainda tem gente que fica espantado quando falo sobre isso. É como se uma menina de 17 anos que sai no sol quente para ganhar seu próprio dinheiro, fosse coisa de outro mundo.
Eu já passei por muitas coisas nesse tempo, quantas e quantas piadinhas desrespeitosas que chega dá pena do ser humano, quantos dedos apontados pra mim como se o que tivesse fazendo fosse errado, quantas risadinhas de meninas que querem ser o que não é, não é fácil. Já ouvi muitos pais falando que a filha ou a vizinha tinha vergonha de trabalhar, vergonha de vender algo, que me olhavam e diziam: “quanta coragem” ou “Deus me livre”.
Meninas e até meninos todo trabalho é digno, e nada na sua vida cai do céu, vocês não precisam trabalhar só se tiver passando necessidade, até pq eu não passo, mas resolvi sair da asa dos meus pais para poder ter dinheiro e comprar minhas próprias coisas. Nunca deixem de fazer algo por vergonha, por medo do que vão pensar, medo se o boy não vai querer mais, medo se os amigos vão se afastar, se caso isso acontecer é pq nenhum merecia vocês ao lado deles, sei que esse é o medo.
Esse é só o início da minha caminhada, e sou grata por cada um que faz parte dela e que nunca me deixa desanimar, sempre com palavras de apoio e carinho.