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Blog do Vavá da Luz

João Azevêdo não dá, até aqui, qualquer demonstração de medo de cara feia.

Tal qual Ricardo, G11 ainda não entendeu uma coisa em João

 

Governador durante reunião com G11: Azevêdo não dá sinais de que é movido por pressão e impacienta parte da base aliada

Em 4 de abril passado, o deputado estadual João Bosco Carneiro Júnior, numa entrevista ao autor do Blog, ainda na Rádio Arapuan FM, deu o tom do à época G9, hoje G11, grupo paragovernista da Assembleia Legislativa.

Ele cobrou “diálogo” do governo com sua base e mandou avisar que deputado aliado não é só pra dizer “amém”. A fala, óbvio, foi interpretada como uma mensagem do seu grupo por um porta-voz informal.

Como da mesma forma a decisão de Bosco, ao entregar os seus cargos hoje, está sendo. O parlamentar disponibilizou ao governo suas indicações para se sentir mais à vontade nas votações e decisões no plenário da Assembleia.

Quase deu para ouvir o côro uníssono dos deputados do G11 repetindo à capela o recado do grupo ao governador João Azevêdo, de quem espera faxina imediata e total dos remanescentes do governo passado que não seguem a orientação do Palácio e até, às vezes, afrontam o próprio chefe do Executivo.

A base aliada incomodada até tem razão no mérito, erra, porém, no método. Os deputados passam a impressão de que estão aflitos por mudanças nos escalões e as querem no ritmo, no grau e, de preferência, na proporção de transferência para eles.

Se assumir esssa presumida autoria, o G11 assinará o recibo de que, assim como Ricardo Coutinho, ainda não entendeu que João Azevêdo não dá, até aqui, qualquer demonstração de medo de cara feia.

Esse mesmo João não parece ser seduzido pela tentação de desmanchar o governo do dia para noite e nem muito menos atropelar as microestruturas. Nem se for para agradar a deputados e nem para atingir Ricardo.

Por uma razão elementar. Até aqui, a gestão vem dando certo. É o que pesquisas internas, em poder do governo, estão atestando em gráfico crescente.

Mais do que os humores políticos, para o cidadão, na ponta e a quem os governos realmente servem, vale mais o bom funcionamento da máquina do que os sorrisos e palmas de deputados.

Na balança de qualquer governo, tem mais peso a opinião pública ou o ranger de dentes de quem está ansioso por uma fatia dele?

Antes de esticar a corda, Carneiro e o G11 talvez não viram o Diário Oficial de hoje e uma implícita mensagem com a demissão de uma indicada do deputado Gervásio Maia.

Fica no gesto da exoneração uma diferença. Uma coisa é ajustar os rumos da rota. Outra, bem diferente, é dar um previsível e pouco inteligente cavalo de pau com um carro andando.

HERON CID