O Ronco da Abelha
Na Paraíba, o movimento começou na Vila de Ingá. Centenas de pessoas invadiam os cartórios, queimaram todos os papéis, quebraram os móveis e ameaçaram os moradores. A revolta se espalhou por várias outras Vilas no brejo paraibano, cujos revoltosos agiam da mesma maneira. Todo efetivo da Força Policial sediado na Capital foi deslocado para o interior a fim de serenar os ânimos.
Para reprimir o movimento, o governo mobilizou mais de mil soldados da polícia e convocou a Guarda Nacional, que foram deslocados para o interior a fim de serenar os ânimos. Além disso, o Governo se utilizou de padres Capuchinhos, que prometiam a salvação a quem desistisse do movimento e o fogo do inferno a quem não se submetesse.
Apesar da ação enérgica do governado, ficava difícil a repressão porque não se identificavam os líderes. Muitas pessoas foram acusadas de comandar alguns conflitos, porém não se conseguiam provas contra elas. Por fim, em 29 de janeiro de 1852, o governo imperial edita o decreto 970 que suspende o decreto 797 e 798. E a revolta chega ao fim. A realização do censo só irá ocorrer vinte anos depois e o registro civil só é implantado com o advento da República, quando ocorre a separação oficial entre Estado e Igreja.
Em Pernambuco, o movimento ficou conhecido como “A Guerra dos Maribondos”.