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Grevistas reagem à fala de Lula a reitores, fecham acesso da UFPB, ocupam reitoria e radicalizam movimento

Professores e técnicos administrativos da Universidade Federal da Paraíba, que estão em greve, reagiram à fala do presidente Lula durante encontro com os reitores, subiram o tom, fizeram caminhada dentro do campus, fecharam portões de acesso à UFPB e decidiram radicaliza o movimento.

“Na manhã desta terça-feira (11), quando a greve dos técnicos administrativos na UFPB completou 90 dias, aconteceram várias manifestações de protesto no campus  de João Pessoa, que começaram no Centro de Vivência, com a realização da primeira assembleia geral unificada das categorias que compõem a Educação Federal no Estado, que estão com suas atividades paralisadas”, diz nota publicada pelo Sintespb – Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior no Estado da Paraíba.

“Na assembleia, o tom do discurso das lideranças sindicais das três entidades representativas desse segmento – Sintespb, Adufpb e Sintefpb foi de crítica à fala do presidente Lula, proferida, ontem (10), na reunião com os reitores, onde destaca que os sindicalistas deveriam saber a hora de recuar nas suas reivindicações e acatar acordo sob pena do movimento terminar por inanição”, revela a nota.

“O plenário da assembleia não somente apoiou as falas dos representantes dos três comandos de Greve de continuar com o movimento até a vitória, como também decidiu radicalizar de todas as formas possíveis a greve unificada”, informa a nota do Sintespb.

“Após a assembleia, houve uma dramatização sobre os 90 dias de paralisação e luta dos técnicos administrativos da UFPB, onde foi repartido um bolo e servido com refrigerante aos presentes, regado a muita música, contando com a animação de uma bandinha de frevo e da Batucada Zumbi dos Palmares. O  bolo servido foi um protesto simbólico contra a omissão e falta de interesse das autoridades do Governo Federal  em atender os pleitos das categorias em greve”, acrescentou.

“O ponto alto das atividades de hoje foi a caminhada pela área interna do campus, com ocupação da reitoria pelos manifestantes e depois fechamento dos portões principais de acesso da UFPB e do semáforo da via expressa em frente ao campus I da UFPB, com o objetivo de dar visibilidade da pauta das categorias à sociedade”, conclui a nota do Sintespb.