Engenheiro Alexandre Lira Machado
Ainda consternada com o seu prematuro falecimento, a família do engenheiro Alexandre Henrique de Lira Machado, através da sua esposa, a fisioterapeuta Clara Adamastor, agradeceu às inúmeras mensagens de solidariedade hipotecadas por amigos, familiares, autoridades e pessoas que de modo espontâneo também compareceram ao velório e sepultamento ou que nas redes sociais confortaram os familiares nessa hora de tamanha dor.
“Só nos resta agradecer o carinho e o conforto de todos – indistintamente – num momento tão difícil para a família”, disse Clara, realçando as qualidades de Alexandre como esposo, pai, amigo, irmão, “sempre solidário, prestativo; homem de caráter, firme, decisivo e decente. São essas características que absorvemos dele como legado para seguirmos em frente”, arrematou ela.
Alexandre faleceu na última sexta-feira, dia 20, em consequência do avanço de um câncer que o acometia desde 2015. Ao tomar conhecimento da notícia, o governador João Azevedo fez a seguinte postagem em sua página e Instagram:
O desembargador José Ricardo Porto também emitiu mensagem de solidariedade encaminhada ao jornalista Cristiano Machado, irmão de Alexandre.
– Estou ainda sem acreditar nessa notícia, meu amigo. Fui pego de surpresa. Mas receba e transmita a toda sua família os meus sinceros votos de pesar. Eu gostava muito de Alexandre – escreveu Ricardo Porto.
O advogado Sílvio Porto Filho, ex-juiz do TRE-PB, também encaminhou mensagem aos familiares: “Que notícia triste. Não imaginava nunca receber uma informação dessas com um amigo tão novo e cheio de vida e energia como era Alexandre”.
Os deputados João Gonçalves e Hervázio Bezerra justificaram suas ausências no adeus a Alexandre em razão de compromissos políticos em municípios distantes, mas através de ligação telefônica se acostram á dor dos familiares.
Já o prefeito do município de Ingá, Robério Burity, esteve no velório e a exemplo do seu irmão, o ex-deputado Roberto Burity, presidente do Botafogo paraibano, lamentou profundamente o ocorrido. “Temos que nos conformar com os desígnios de Deus. Antes o descanso que o sofrimento, principalmente para Alexandre, que tinha um dinamismo de vida própria dos guerreiros que ele foi. Está na paz do Senhor”, disse ele.
O presidente da Associação Paraibana de Imprensa (API), Marcos Wéric, e presidente da Associação Campinense de Imprensa (ACI), jornalista João Pinto, também se solidarizaram: “Força e fé meu amigo. Que a misericórdia divida alcance a você e aos seus”, disse Wéric em mensagem a Cristiano. Pinto fez registro por ligação telefônica enfocando as qualidades e o bom relacionamento que tinha com ele. ‘Fiquei muito triste’, assinalou.
BREVE PERFIL
Alexandre Henrique de Lira Machado nasceu na maternidade Cândida Vargas, em João Pessoa, no dia 8 de janeiro de 1961. Filho primogenito do jornalista e ex-deputado Jório de Lira Machado e da professora Cleide Xavier Machado, Alexandre iniciou seus estudos no tradicional Colégio IPEP, da professora Maria Bronzeado, e concluiu o ginasial no colégio Marista Pio X. Aprovado no concorrido vestibular de Engenharia Civil da UFPB, Campus de João Pessoa, ele sempre se notabilizou nos estudos pela dedicação e obtenção de boas notas.
Alexandre exerceu o cargo de Diretor Administrativo da Saelpa – hoje Energisa – na governo de José Maranhão. Com a privatização do órgão, ele voltou para a Secretaria de Recursos Hídricos do Estado. Foi designado para gerenciar o Consórcio Acauã, considerada a maior obra hídrica do estado da Paraíba, que visa o abastecimento de água para todos os municípios de sua área de influência, de forma regular e contínua, durante o período de seca.
Casado com a fisioterapeuta Clara Adamastor e pai de três filhos (Jéssica, advogada; Vitor; administrador e Gabriel; concluinte de Medicina), Alexandre deixa três irmãos: Larissa, Cristiano e Jório.
Desportista, era um enxadrista premiado; peladeiro profissional, amante da boa música, foi finalista do Festival da Música Paraibana com a composição Jangadeiro, de sua autoria, com o grupo Guevara. Chegou a tocar violão com Geraldo Vandré na redação do jornal O MOMENTO, do seu pai, Jório, durante uma visita que o autor de Caminhando fez ao proprietário da empresa.
Ao lado do médico Eduardo Adamastor, que lhe deu assistência intensiva durante todo o processo de sua enfermidade, ele estava escrevendo um trabalho sobre o impacto ambiental provocado na região com a construção do canal AcauãAraçagi. “Paralisei o trabalho em razão da doença de Alexandre, mas darei sequência e concluirei a obra”, disse Eduardo.