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Fux pode adiar julgamento de Bolsonaro para 2026, avalia Elio Gaspari

Fux pode adiar julgamento de Bolsonaro para 2026, avalia Elio Gaspari

 O julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) dificilmente será concluído em setembro e pode se estender até 2026. A avaliação é do colunista Elio Gaspari, em texto publicado na Folha de S.PauloSegundo ele, há sinais de que o ministro Luiz Fux poderá pedir vista do processo, o que atrasaria a conclusão do caso.

De acordo com o regimento interno do STF, um pedido de vista dá ao ministro 90 dias para devolver o processo. Se a solicitação ocorrer no fim de setembro, o prazo se estenderia até dezembro. Com o recesso do Judiciário, o caso só voltaria à pauta em fevereiro, e uma eventual demora adicional poderia levar o julgamento a março de 2026.

Gaspari destaca que um prolongamento desse tipo pode fazer com que a análise no STF coincida com o julgamento, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de recursos relacionados à inelegibilidade de Bolsonaro — já com uma nova composição na Corte Eleitoral. “2026 virá com fortes emoções”, escreveu o colunista.

No mesmo texto, Gaspari comenta outros episódios recentes no Judiciário e na política. Ele relembra que a Primeira Turma do STF condenou o mecânico Fábio de Oliveira a 17 anos de prisão por ter se sentado na cadeira do ministro Alexandre de Moraes durante os atos golpistas de 8 de janeiro. O objeto foi levado para fora do prédio e, enquanto estava sentado, Oliveira gravou vídeos fazendo declarações ofensivas.

Moraes enquadrou o réu em cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada. Gaspari apelidou o caso de “Homem da Cadeira”, em referência à “Senhora do Batom”, como ficou conhecida outra figura dos ataques de 8 de janeiro.

O colunista também ironizou a recente obstrução no Congresso Nacional, quando parlamentares acorrentaram-se no plenário, paralisando os trabalhos. Ele recordou a frase de Ulysses Guimarães, dita em episódio semelhante durante a Constituinte: “Eu sou o presidente da Constituinte, não de um hospício”.

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