Segundo parlamentares, decisão pelo veto foi do Corpo de Bombeiros após a confirmação da existência de ‘gambiarras’; profissionais da região reclamam

Vila Mimosa
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Profissionais que trabalham na região criticaram a decisão das autoridades

Chamada de “CPI do Incêndio”, uma comissão parlamentar de inquérito criada pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) interditou, na tarde desta quarta-feira (11), estabelecimentos comerciais na Vila Mimosa, conhecido reduto de prostituição na Praça da Bandeira, na zona norte do Rio.

Os deputados que vistoriaram a região da Vila Mimosa estavam inicialmente acompanhados de seis oficiais do Corpo de Bombeiros, mas, depois, solicitaram apoio da Polícia Militar, que enviou 20 agentes para o local.

“Quando presenciamos atos de hostilidade, julgamos necessário chamar a polícia. Constatamos gambiarras como fiação exposta, cilindros de gás armazenados de forma inadequada e gatos de energia elétrica. A decisão pela interdição foi do Corpo de Bombeiros. Eles decidiram fechar três prédios nos quais, em cada um deles, funcionavam vários subestabelecimentos com indícios de exploração de prostituição. Encontramos um livro que apresentava marcações com o nome de mulheres e o número de programas que elas teriam feito”, disse Jorge Felippe Neto (PSD).

Segundo o deputado, os estabelecimentos só poderão voltar a abrir as portas depois de se adequarem às exigências do Corpo de Bombeiros.

“Além da interdição, vamos informar aos órgãos competentes que há indícios de prostituição nesses estabelecimentos, o que é proibido”, disse Neto. Os deputados Alexandre Knoploch (PSL) e Rodrigo Amorim (PSL) também participaram da ação.

“Todos os estabelecimentos da Vila Mimosa foram interditados. Ou se restaura a ordem ou vidas serão perdidas, não há outro caminho”, disse Knoploch, que preside a CPI do Incêndio, citando o caso da whiskeria Quatro por Quatro, no Centro.