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Estranhamente, gente graúda da PF critica Sérgio Moro por ‘avançar sinal’

Estranhamente, gente graúda da PF critica Sérgio Moro por ‘avançar sinal’

Conforme publicado na revista Veja, tem membros da alta cúpula da Polícia Federal (PF) que criticou a decisão do juiz federal Sérgio Moro de não cumprir a ordem do desembargador Rogério Favreto. Para eles, Moro ultrapassou os limites ao manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso, sem acatar a ordem do plantonista do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

No domingo (08), Favreto tentou a todo custo livrar o ex-presidente Lula da cadeia. Porém, ao saber de tal fato, Moro tomou algumas providências. Primeiro, ele derrubou a decisão do desembargador dizendo que ele não era competente para tal decisão. Favreto novamente insistiu. O magistrado da Lava Jato acionou o relator do processo de Lula no TRF-4, João Gebran Neto, que imediatamente cancelou a ordem do plantonista. Tentando uma terceira vez, Favreto foi surpreendidO pela decisão final do presidente do TRF-4, Carlos Thompson Flores. Ele encerrou o assunto e impediu a liberdade de Lula.

Uma coisa que tem se tornado estranha, é que a PF sempre apoiou as ordens de Moro. Porém, por trás dos bastidores, há comentários que muita gente achou que o juiz ultrapassou o sinal vermelho. Para eles, Moro não deveria ter confrontado com um tribunal superior à sua instância.

Reclamações no CNJ

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recebeu várias reclamações sobre este domingo atípico do Judiciário brasileiro. O grande alvo das reclamações foi Rogério Favreto, que teria ido contra o colegiado do tribunal. Até mesmo a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, comentou que o desembargador plantonista não tinha essa competência. Ela também enalteceu a rapidez de Sérgio Moro.

Porém, duas reclamações foram impetradas contra o juiz da Lava Jato. O corregedor do CNJ irá analisar os casos, levar a Plenário, para ser decidido se haverá alguma punição para os magistrados. Inclui-se reclamações contra o relator João Gebran Neto.