As empresas brasileiras evitam contratar mulheres e homens muito bonitos para suas vagas disponíveis, revelou pesquisa da Elancers, divulgada nesta sexta-feira. Na contramão das tendências mundiais, que apontam mais oportunidades de emprego e promoção para pessoas bonitas, no Brasil, 46% dos 2.075 recrutadores ouvidos disseram preferir contratar pessoas de beleza ‘média’. A exceção fica com vagas de atendimento ao público ou em áreas de vendas, explicou Cezar Tegon, presidente da Elancers
Segundo ele, apenas 2% dos pesquisados admitiu buscar no mercado pessoas com beleza acima da média da população brasileira. Uma das razões é o perfil do avaliador (quem vai recrutar ou indicar). Um estudo de dois economistas israelenses – Bradley J. Ruffle e Ze’ev Shtudiner -, apresentado em 2010 na Universidade de Londres, mostrou que as mulheres bonitas têm suas chances de contratação reduzidas em até 30% em comparação com as não tão atraentes. Isso porque a seleção é feita, quase sempre, por mulheres (96%), solteiras (67%) e com idade média de 29 anos.
Atração – O fato de serem pessoas mais atraentes também pode pesar na hora da contratação. “Há casos em que mulheres bonitas também são preteridas porque alguns recrutadores as consideram um ‘fator de distração’ no trabalho”, comenta Tegon. Além disso, no Brasil é comum associar a beleza a pouca inteligência, um preconceito que se traduz, por exemplo, na afirmação de que as “loiras são burras”.
O presidente do Elancer aponta ainda que executivos casados descartam profissionais mulheres muito bonitas, pois temem que essas contratações possam trazer problemas ao casamento.
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