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Dono da Riachuelo diz que taxar fortunas “não é inteligente”

Dono da Riachuelo diz que taxar fortunas “não é inteligente”

Para Flávio Rocha, medida “reduz a desigualdade”, mas “empobrece os ricos” e promove “o êxodo” dos donos de fortunas

Henrique Gimenes – 08/07/2025 18h47 | atualizado em 08/07/2025 19h27

Flávio Rocha, dono da Riachuelo Foto: Reprodução/ Print de vídeo YouTube Roda Viva

Nesta terça-feira (8), Flavio Rocha, dono da rede de lojas Riachuelo, falou sobre a recente campanha “ricos contra pobres” promovida pelo governo federal. Para o empresário, medidas como a taxação de fortunas conseguem “reduzir desigualdade, mas pela via não inteligente: expulsando ou empobrecendo os ricos”.

O tema foi abordado por Flávio Rocha durante entrevista à Folha de S.Paulo. Para o empresário, “o potencial de arrecadação” com mais taxas para os ricos “é pífio” e “acelera o êxodo” dos donos das fortunas.

– A redução de imposto de renda gera mais investimento, aumento da demanda por mão de obra e, aí sim, resolve a desigualdade pela via inteligente, que é gerando renda para a base da pirâmide. Se desigualdade fosse o problema, tinha que dar um troféu para a Venezuela, que expulsou as fortunas para Miami ou quebrou quem insistiu em ficar – propôs.

Para Rocha, outra medida que ajudaria no país seria a desoneração da folha de pagamentos.

– Isso deveria ser levado a debate o quanto antes. Esse, sem dúvida, é o pior imposto. É o imposto do desemprego. (…) O Brasil está nas maiores cargas tributárias do mundo da economia formal, porque quando você considera essa carga média de 35% que não incide sobre os 100% da economia, mas só sobre o Brasil formal, o tributável, você vai ver que está extraindo do tributável algo próximo dos 50%, coisa que não tem paralelo no mundo – apontou

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