Desemprego na Paraíba é o menor da série histórica
A Paraíba registrou, entre janeiro e março deste ano, a menor taxa de desemprego desde que o IBGE passou a divulgar a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), em 2012. Segundo os dados do instituto, o índice de desocupação caiu para 8,7% no primeiro trimestre de 2025 — uma marca inédita em 13 anos de levantamento.
Em comparação com o mesmo período do ano passado, a redução foi significativa: a taxa caiu 1,2 ponto percentual, saindo de 9,9% para os atuais 8,7%. Em números absolutos, o contingente de paraibanos desempregados passou de 172 mil para 152 mil — uma retração de 11,7%.
Melhor resultado desde 2012
A nova taxa superou os melhores índices já registrados pela Pnad Contínua no estado. Até então, os desempenhos mais positivos haviam sido em 2015 (9,3%) e em 2014 (9,4%). A série histórica mede o comportamento do mercado de trabalho no primeiro trimestre de cada ano.
Trabalho formal em alta e economia reaquecida
De acordo com o IBGE, a força de trabalho da Paraíba somava, até o fim de março, 1,752 milhão de pessoas, das quais 1,6 milhão estavam ocupadas. Os setores que mais empregaram foram: administração pública, educação, saúde e serviços sociais (322 mil pessoas); comércio e reparo de veículos (305 mil); agropecuária e pesca (174 mil); indústria (154 mil); construção civil (148 mil); serviços domésticos (110 mil); hospedagem e alimentação (84 mil); e transportes e logística (63 mil).
Política fiscal e investimentos são apontados como motores da recuperação
O secretário estadual da Fazenda, Marialvo Laureano, credita o desempenho histórico à combinação entre responsabilidade fiscal e estímulo ao investimento público e privado. “A Paraíba colhe os frutos de uma gestão que equilibrou as contas, criou superávit e canalizou recursos próprios para obras estruturantes em todo o estado”, destacou.
Segundo ele, essa movimentação provocou um efeito cascata na economia. “Foram centenas de obras, ativando o setor da construção, gerando empregos diretos e indiretos, e atraindo empresas graças à melhoria do ambiente de negócios, à segurança jurídica e à infraestrutura ofertada.”
Mais de 1 milhão de empregos criados em seis anos
Ainda segundo Marialvo, a gestão do governador João Azevêdo tem sido responsável por uma geração de empregos sem precedentes. “De 2019 até hoje, foram mais de 1,075 milhão de contratações com carteira assinada, com um saldo positivo de 113 mil postos. Nem mesmo na pandemia houve retração significativa”, pontuou.
Sobre a pesquisa
A Pnad Contínua é a principal ferramenta do IBGE para medir o mercado de trabalho no Brasil. O levantamento, que considera todas as formas de ocupação para pessoas a partir dos 14 anos, é feito em 211 mil domicílios, distribuídos por 3.500 municípios. A cada trimestre, cerca de dois mil agentes do instituto percorrem o país colhendo os dados que compõem o retrato oficial do emprego no Brasil.
Por Fonte83 – VAVADALUZ