Maria Marta Ferreira da Silva nasceu em 05 de fevereiro de 1962 e até hoje mora onde nasceu, no Quilombo Pedra D’água, uma comunidade afrodescendente encravada entre montes e grandes Pedras com 132 hectares e onde vivem 110 famílias, Zona Rural do município de Ingá Paraíba. Maria Marta aprendeu a fazer o bordado labirinto com a mãe e a avó aos 6 anos de idade. No Quilombo Pedra D’água, em todas as casas existem labirinteiras, praticamente todas mulheres são artesãs: crianças, jovens, adultas e idosas, uma verdadeira tradição que se perpetua passando de geração em geração. Maria Marta também gostava de estudar e de ensinar, uma liderança nata, tem papel fundamental na preservação da cultura do fazer artesanal do Labirinto, ela é a ponte entre as labirinteiras e o mercado consumidor, é ela que deixa sua casa e o esposo e viaja pra vender as peças artesanais nas feiras e eventos, é ela quem mobiliza as mulheres para as encomendas, reuniões e demais oportunidades. Maria Marta participou de quase todos os 30 salões de artesanato paraibano que ocorrem todos os anos desde 2004. Maria Marta além de Labirinteira é professora, se formou em pedagogia e leciona no ensino fundamental, ela é símbolo de resistência e esperança para todo o povoado, é exemplo vivo para todas as mulheres paraibanas, artesãs ou não. Maria Marta será homenageada durante o 30° Salão do Artesanato Paraibano – Labirinto, A Arte que Une Gerações. Os visitantes do Maior São João do Mundo de Campina Grande que forem ao Salão poderão conhecer Maria Marta, comprar suas peças e conhecer mais detalhes da sua história e de sua comunidade. O Salão do Artesanato Paraibano ocorrerá no Museu de Arte Contemporânea Unifacisa no bairro do Catolé em Campina Grande Paraíba entre os dias 12 e 30 de junho de 2019.
NOTA DO EDITOR – Esta é a primeira matéria de uma serie de outras que serão postadas diariamente