Boqueirão está há 3 meses sem águas da transposição.
“Está diminuindo porque não temos entrada de água e está liberando para Acauã, que estava com um armazenamento muito baixo. Sai de Boqueirão 0,4 metros cúbicos por segundo para Acauã”, afirmou o diretor do Dnocs no Estado, Alberto Gomes.
A paralisação no bombeamento de água da Transposição está acontecendo em razão das obras nos açudes de Poções e Camalaú, localizados em Monteiro e Camalaú respectivamente no Cariri. De acordo com ele, quando as obras forem concluídas, Boqueirão estará com capacidade de 100 milhões de m³. “Nós vamos entregar a obra apta a receber as águas, e aí dependerá do Ministério da Integração para reiniciar a Transposição”, declarou Alberto Gomes.
Mesmo com as obras em andamento, o MIN informou que não foi comunicado sobre paralisação. “As águas do ‘Velho Chico’ estão correndo normalmente pelos canais do Eixo Leste, inaugurado em março do ano passado. Não houve interrupção. Atualmente, um milhão de pessoas em 33 municípios da Paraíba e de Pernambuco recebem em suas casas a água do Eixo Leste do Projeto São Francisco”, afirmou o Ministério por meio de nota.
A declaração tornou suspeita a realização da obra nos açudes. Contudo, o presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), João Fernandes, falou que a obra é de conhecimento do MIN. “Essas obras são do Ministério e realizadas através do Dnocs, órgão federal. Esta informação é certamente um equivoco do Ministério”, afirmou João Fernandes.
A Transposição seria paralisada em 2 de abril, mas deixou de funcionar em 20 de março após problemas no aqueduto Jacaré, localizado entre as cidades de Custódia e Sertânia, em Pernambuco.
Fornecimento
Medidas de economia estavam previstas e outras já começaram a ser tomadas em caso de necessidade no abastecimento. O presidente da Aesa, João Fernandes, afirmou que há um compromisso com o MIN e Dnocs que se precisar será bombeada água durante as obras em Camalaú e Poções. Já o gerente regional da Cagepa, Ronaldo Menezes, disse que são retirados de Boqueirão para abastecimento 950 litros por segundo, mas é autorizada a retirada de 1.300 litros. Antes do racionamento, eram 1.352 litros por segundo. Para o secretário de Estado da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, Deusdete Queiroga, há segurança hídrica na região