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CPI da Covid convoca 9 governadores, mais Witzel, Pazuello e Queiroga

CPI da Covid convoca 9 governadores, Witzel, Pazuello e Queiroga

Senadores aprovam convocação de 9 governadores e do ex-governador do RJ, Wilson Witzel.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A CPI da Pandemia votou nesta quarta-feira (26), convites para depoimentos de governadores e prefeitos, além de um novo depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. A informação foi confirmada pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), a convocação dos governadores não representa uma mudança de estratégia ou de rumo na investigação, apenas o cumprimento de uma cronologia que já havia sido acertada, será convocado:

  • Arthur Weintraub, ex-assessor do presidente Jair Bolsonaro;
  • governadores e prefeitos de locais onde há investigações que apuram desvio de recursos federais destinados ao enfrentamento da Covid;
  • integrantes do segundo escalão do Ministério da Saúde;
  • e as reconvocações de Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga, ex e atual titulares da pasta, respectivamente.

Senadores aprovam convocação de 9 governadores e do ex-governador do RJ, Wilson Witzel.

 

  • Wilson Lima, do Amazonas
  • Ibaneis Rocha, do Distrito Federal
  • Waldez Góes, do Amapá
  • Helder Barbalho, do Pará
  • Marcos Rocha, de Rondônia
  • Antonio Denarium, de Roraima
  • Carlois Moisés, de Santa Catarina
  • Mauro Carlesse, de Tocantins
  • Wellington Dias, do Piauí

Omar Aziz deu a declaração nesta terça-feira (25) após se reunir com o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e com o relator do colegiado, Renan Calheiros (MDB-AL).

Segundo Aziz, mais de 400 requerimentos, entre convocações e pedidos de informação, estão na fila aguardando votação.

“Vamos ouvir especialistas, vamos convocar o segundo escalão do Ministério da Saúde todo — além do Elcio Franco [ex-secretário executivo do Ministério da Saúde], outros também. Vamos convocar o Arthur [Weintraub], que apareceu em um vídeo, em um site. E vão ser reconvocados o Queiroga e o Pazuello”, disse Aziz.

Durante uma “live” com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), no ano passado, Arthur Weintraub disse que encaminhou ao presidente Jair Bolsonaro documentos com informações sobre uso de cloroquina contra a Covid-19.

O medicamento é comprovadamente ineficaz contra a doença e foi o principal tema do depoimento desta terça-feira à CPI de Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde.

Para o senador Alessandro Vieira (Cidadania-MA), o irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub participou ou coordenou uma estrutura extraoficial de assessoramento de Bolsonaro. Por isso, segundo ele, precisa ser ouvido pela CPI.

Uma das linhas de investigação da comissão é justamente a possível existência de um chamado “gabinete paralelo” ao Ministério da Saúde, para aconselhamento do presidente da República, com apostas em tratamentos e medidas ineficazes, como imunidade de rebanho e isolamento vertical.

Para o presidente da CPI, o governo perdeu tempo com essas estratégias ineficazes em vez de se empenhar por vacinas.

 

Segundo Omar Aziz, nesta quarta-feira a CPI não votará pedidos de quebra de sigilo. Há requerimentos que pedem o compartilhamento de informações sigilosas de Pazuello e de Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do Palácio do Planalto.