Abandonado pela esposa enquanto morava no Rio de Janeiro, retornou a João Pessoa enquanto as filhas tinham entre oito meses e dois anos de vida.
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Francisco, pedreiro, e suas três filhas que cria sozinho há 12 anos (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco)
Morando no Rio de Janeiro a trabalho, em meados de 2005, Francisco Gomes de Lima recebe a seguinte notícia: sua esposa decide ir embora e deixa com ele três filhas. O pedreiro, agora morador do bairro Funcionários 4 em João Pessoa, que antes contava com a parceria da esposa para criar as crianças, teve que voltar para garantir o futuro de um bebê de oito meses e duas crianças gêmeas de dois anos.
Guiado pelo instinto paternal, Francisco batalhou para dar uma educação digna para suas três filhas e fez tudo o que era possível com sua renda de pedreiro para não deixar faltar nada em casa. “Com Deus no coração se cria força, batalha e cria os filhos”, contou seu Francisco, como é chamado.
Às vésperas do dia dos pais, Milena Cândida, em meio a lágrimas, se orgulha ao falar do seu pai e afirma que seu maior ofício tem sido cumprido devidamente a longo desses 12 anos.
“Nunca deixou faltar nada para a gente. Ele é um guerreiro”
A gêmea, Michele Cândida, reafirma que seu pai, Francisco, “é um homem bom e sempre criou a gente [as filhas] como todo o esforço desde ‘pequenininha’”. Esse Francisco é mais um filho do Nordeste, um Severino – aos moldes de João Cabral de Melo Neto – que enfrenta as batalhas da vida por sua família.
Francisco conta que sonha em conseguir alguém, uma namorada talvez, para dividir as alegrias do dia a dia mas as filhas, bem humoradas, ficam com ciúmes quando pensam em seu pai com uma esposa.
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