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Blog do Vavá da Luz

Chuva de Meteoros Gemínidas transforma a enigmática Pedra do Ingá em observatório a céu aberto

A APA – Associação Paraibana de Astronomia promoveu um evento especial que reuniu cerca de 50 participantes para observar a “melhor chuva do ano” no sítio arqueológico, aproveitando as condições ideais da Lua Minguante.

Foto: Brunno Lisboa / Portal BDIG 

 

O Agreste Paraibano se tornou o epicentro da observação astronômica na noite de sábado para domingo, 13 e 14 de dezembro, durante o pico da Chuva de Meteoros Gemínidas. A APA – Associação Paraibana de Astronomia organizou um evento especial na Pedra do Ingá, um dos sítios arqueológicos mais importantes e enigmáticos do Brasil, conhecido por suas misteriosas inscrições rupestres.

Cerca de 50 participantes se reuniram no local, que, por ser naturalmente escuro, ofereceu as condições perfeitas para admirar o espetáculo cósmico.

Foto: Brunno Lisboa / Portal BDig

O Pico da “Melhor Chuva do Ano”

O astrônomo Marcelo Zurita explicou que a Gemínidas já é considerada a melhor chuva de meteoros do ano, mas a edição de 2025 teve condições “muito especiais”.

“A máxima ocorre nesta noite de sábado para domingo, o que facilita esse tipo de atividade. E a lua, minguante, ela favorece a observação, já que a luminosidade dela não atrapalha a visualização dos meteoros durante a noite.” – afirmou Zurita.

A previsão para o local mágico da Pedra do Ingá era de que os observadores pudessem ver até 70 meteoros por hora. O astrônomo reforçou a orientação de que a observação de meteoros não exige qualquer instrumento, apenas a escuridão e a pupila dilatada para captar os corpos celestes.

Conexão com os Ancestrais

A experiência na Pedra do Ingá, que guarda a história de antepassados, gerou uma forte conexão emocional nos participantes. Ágabo França, um dos participantes, compartilhou a magia do momento com a equipe de reportagem:

“Eu me senti muito conectado assim com a natureza, com os meus ancestrais aqui. Como o Ingá é uma cidade histórica, sei que aqui tem pintura rupestre, nossos antepassados estavam aqui contemplando as estrelas também, e aí eu me senti essa conexão com eles. Foi mágico assim para mim, eu gostei bastante.” disse França, que afirmou ter avistado pelo menos 10 meteoros.

Para garantir a melhor visualização possível, a APA utilizou apenas luzes vermelhas na área de observação, pois elas não ofuscam a visão noturna dos participantes. O evento incluiu a orientação de astrônomos, o acesso ao Museu de História Natural do Ingá e a possibilidade de observar planetas através de telescópios.

 

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