Já com o dia amanhecendo e o sol exibindo seus primeiros raios, foi que a nova Casa do Terror, também conhecida como Celebration, instalada em um fundo de quintal próximo ao Estaçao das Artes, encerrou suas atividades infernais, com som na altura e uma apresentação típica do que de pior existe nos fuks periféricos da grande São Paulo.
Apesar de acionada pelos moradores para fiscalizar e controlar os decibéis produzidos na casa, a Semam, órgão da Prefeitura da Capital, fez ouvidos de mercador, ignorando totalmente os apelos dos moradores que foram obrigados a passarem a noite em claro em pleno início de semana.
Não é de hoje que as reclamações se avolumam contra a citada casa. O próprio Ministério Público já foi acionado dezenas de vezes, mas ficou inerte. Da própria Semam já se fez cobranças diversas e o próprio diretor do órgão, de nome Jocélio, disse que nada podia fazer porque os proprietários da casa estão protegidos por licença ambiental.
Vale salientar que por funcionar em um terreno murado, sem qualquer estrutura de segurança, sem isolamento acústico e com um palco improvisado coberto por uma lona de plástico, a Celebration não teria a condições de obter qualquer tipo de licença para funcionamento se por trás não existisse o velho jeitinho brasileiro endossado pelo compadrio político.
Muitos moradores são obrigados a dormir fora de sua residência, arcando com despesas pesadas em dormitórios, hotéis e pousadas, já que o som é praticamente insuportável, especialmente quando há presença de crianças e idosos nas residências.
Desde a última quarta-feira, 11, que as bandas funks e rave se reversaram no palco improvisado da casa, finalizando o ciclo do terror na manhã desta segunda-feira, 16. No local, além do rastro de sujeira, fica também a certeza da impunidade, já que a Prefeitura e seus órgãos fiscalizadores se omitem do problema.
Até quando eles continuarão poluindo o ambiente, desalojando pessoas do seu conforto e tranquilidade, trancando ruas e avenidas, causando pânico e revolta, ninguém sabe responder, apesar de ser ter uma única certeza: de que nada é para sempre!
As ruas são trncadas
As pessoas fazem necessidades fisiológicas na calçadas
O palco improvisado coberto por lona
A insegurança é completa