Agora é oficial, é real e é histórico: André Coutinho (Avante) acaba de se tornar o prefeito com o menor tempo no cargo da história de Cabedelo. Em menos de 6 meses de mandato, o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba cravou a sentença que expulsa o prefeito, a vice-prefeita Camila Holanda e o vereador Márcio Silva do poder.
O ESCÂNDALO
A decisão da Justiça Eleitoral, assinada pela juíza Thana Michelle Carneiro Rodrigues, é baseada em uma teia de corrupção, compra de votos, abuso de poder econômico e político, e o mais escandaloso: aliança com facção criminosa!
Segundo o Ministério Público Eleitoral, a quadrilha se articulou com o apoio da facção “Tropa do Amigão”, braço local do Comando Vermelho, para aliciar eleitores com promessas de emprego, dinheiro via PIX e cestas básicas. Tudo isso financiado e operado por uma rede que envolvia agentes públicos e servidores comissionados.
CELULAR, CESTAS E PIX: O TRIO DA VERGONHA
A Operação En Passant revelou o coração do esquema: o celular de Flávia Monteiro, ex-servidora com ligação direta com a facção, guardava 42 fotos de comprovantes de votação e transferências via PIX em troca de votos. Na casa dela, PF encontrou cestas básicas, santinhos, listas de empregos e pendrives com planilhas da prefeitura contendo indicações de membros da facção.
Mais grave: a facção tinha acesso direto à prefeitura, indicando nomes para cargos públicos por meio da empresa terceirizada LEMON. Até a nora de Flávia tinha cargo garantido – mas foi exonerada no dia da operação, numa tentativa de apagar provas.
OS ENVOLVIDOS
- André Coutinho (prefeito): beneficiado direto, cassado e inelegível por 8 anos.
- Camila Holanda (vice-prefeita): cassada e inelegível.
- Márcio Silva (vereador): apontado como partícipe ativo na compra de votos, cassado.
- Vítor Hugo (ex-prefeito): escapou da cassação por falta de provas diretas, mas seu nome está cravado em toda a trama.
- Flávia Monteiro: elo entre a prefeitura e a facção criminosa, alvo de prisão e apontada como operadora do esquema de corrupção eleitoral.
A SENTENÇA
A Justiça não teve dúvidas: houve captação ilícita de sufrágio, abuso de poder político e econômico, e descarada violação da vontade popular. A sentença afirma que os crimes foram intensos, reiterados e graves, com capacidade para desequilibrar o pleito. Ainda que tenham vencido com folga, o julgamento deixou claro: uma única compra de voto já é suficiente para anular tudo. E houve dezenas.
E AGORA?
A cassação derruba a chapa eleita, e Cabedelo poderá ter novas eleições, jogando o município em uma crise institucional sem precedentes. O presidente da Câmara deve assumir interinamente, mas o caos administrativo já está instalado.
RESUMO DA TRAGÉDIA POLÍTICA:
- André Coutinho cai antes de completar 6 meses no cargo.
- Justiça aponta ligação da campanha com facção criminosa.
- Compra de votos via PIX, promessa de emprego e uso da prefeitura.
- Eleições 2024 podem ser anuladas.
- Vítor Hugo, padrinho político, sai chamuscado da história.