“O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”
( Martin Luther King )
Helio Leite Leite (*)
Eu, Helio Pereira Leite, brasileiro, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro – R 2, Arma de Infantaria, aluno da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – ADESG, turma 1975-DF, professor, advogado e maçom há 58 anos, aqui compareço perante à Comunidade Maçônica Brasileira, em meu nome e em nome (sem procuração) de todos os maçons iniciados nas décadas de 60, 70 e 80, para apresentar o meu e o nosso repúdio veemente, contra a decisão da mais Alta Corte de Justiça do Brasil, que autorizou o uso da maconha no território nacional, droga essa considerada o portal para as demais drogas pesadas que circulam em nosso país.
Decisão esta que atende aos ilegítimos interesses do crime organizado e do narcotráfico que se instalou no Brasil de forma agressiva, há mais de 30 anos e que vem paulatinamente destruindo a nossa juventude, desarticulando milhões de famílias, sobrecarregando presídios brasileiros, etc.
Acredito que os doutores magistrados que aprovaram tal liberação não têm mulher, filhos, netos e bisnetos morando no Brasil, e se tiverem estarão, também, sujeitos à sanha dos traficantes em viciar os seus familiares e demais parentes e aderentes.
Não acredito que os brasileiros patriotas, pais, avôs e bisavôs fiquem de braços cruzados, ante a calamidade social que se avizinha com a liberação do uso da maconha em nossa pátria.
Não creio que os Maçons brasileiros, construtores sociais, se transformem em avestruzes e enterrem seu rosto na terra e se façam de surdos, mudos e cegos, neste momento em que o Supremo Tribunal Federal abala a estrutura moral e ética de nossa Nação, a qual assiste sem ter a quem recorrer com o crime organizado usurpando os bons costumes e nossas instituições sociais e políticas, enfraquecendo o nosso Estado de Direito.
Sabemos que o crime organizado e o narcotráfico têm poder exponencial, com recursos incalculáveis para comprar presidentes de países do segundo e do terceiro mundo; autoridades nacionais, magistrados em todas as instâncias, integrantes das nossas Forças Armadas, forças auxiliares, políticos e lideranças comunitárias, bem como dispõem de “tribunais penais” onde a pena de morte é aplicada com rigor.
Mas, ninguém e nenhum poder terreno tem mais força do que o Grande Arquiteto do Universo, que é Deus. Somente a Ele nos resta recorrer, certo de que a solução para as atuais mazelas que estamos vivenciando virão do alto, virão dos espíritos de luz, dos guerreiros espirituais que descerão no Brasil, para destruir as forças malignas que se instalaram em nosso país.
Por isso, creio que é chegada a hora da virada, chega de comodismo, vamos sair das nossas zonas de conforto, vamos fazer a nossa parte. É hora dos maçons de cabelos brancos, com o apoio dos mais jovens, sejam civis ou militares, se posicionarem com as armas que dispõem – seja no voto, seja nas tribunas, seja na escrita, para empreendermos uma cruzada nacional em prol da familia brasileira.
Não devemos ter medo, não devemos nos omitir, mão devemos fazer de conta que tudo está em céu de brigadeiro, porque sabemos que estamos sendo levados para uma situação sem volta, onde as nossas liberdades, o direito de manifestar nossas opiniões, de ir e vir, estão sendo contidos, apequenados e a tendência é serem totalmente eliminados.
A mim, os filhos da viúva desta nação brasileira, que somandos alcançam mais de meio milhão de cidadãos de bons costumes que um dia receberam a Luz em nossas Lojas Maçônicas, vamos à luta! Nossos familiares esperam que cumpramos com o nosso dever cívico e patriótico, de cidadãos prestantes em nossa sociedade, de pais, avós e bisavós. Enfim de Obreiros da Arte Real.
() *O autor é Conselheiro Federal do Grande Oriente do Brasil, Grão Mestre de Honra do Grande Oriente do Distrito Federal (GOB-DF) e Presidente da Academia Nacional de Maçons Imortais ANMI