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BOM : Bancários aceitam reajuste de 8,5% e encerram greve

 Seguindo a orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, a grande maioria das assembleias realizadas nesta segunda-feira à noite em todo o país aprovou a nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentada na última sexta-feira, encerrando a greve nacional iniciada no dia 30 de setembro. Assim, os serviços nas agências devem se normalizar a partir desta terça-feira.

A proposta reajusta os salários e demais verbas em 8,5% (aumento real de 2,02%), o piso salarial em 9% (2,49% acima da inflação) e o vale-refeição em 12,2%, além de contemplar outros avanços não econômicos, como mecanismos de combate às metas abusivas e o assédio moral.

A maioria das assembleias também aprovou as propostas específicas apresentadas pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal. As propostas do BB, contudo, foram rejeitadas, e haverá novas assembleias nesta terça-feira, em Porto Alegre, Curitiba, Paraíba e Roraima. Já as propostas da Caixa foram rejeitadas em Florianópolis, Bahia, Piauí, Amapá e Roraima.

A greve também continua no BNB e no Banco da Amazônia. As assembleias dos estados onde os dois bancos atuam rejeitaram a proposta e fazem novas assembleias também nesta terça.

GANHOS REAIS

Com os novos reajustes, os bancários acumulam aumento real de 20,7% nos salários e de 42,1% desde 2004, período em que todos os anos conquistaram aumento acima da inflação.

– Em mais uma grande demonstração de sua força, baseada na unidade nacional e na capacidade de mobilização, os bancários conquistam com mais uma greve aumento real pela 11º ano consecutivo, além de avanços importantes em relação às condições de trabalho, principalmente no combate às metas abusivas e ao assédio moral –, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

— Fizemos uma greve forte durante sete dias, que mobilizou os trabalhadores e fez com que os bancos mudassem sua posição. Conquistamos reajuste de 8,5% e piso de 9%. Com esse índice, em 11 anos, são 20,7% de ganho real nos salários e 42,1% nos pisos. Tivemos ainda valorização da PLR, além de um reajuste expressivo para o vale-refeição — disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.

Depois de reunir-se com dirigentes dos bancos e ouvir as novas propostas, na sexta-feira, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) havia orientado os sindicatos a defender nas assembleias a aprovação das novas propostas de correção de salários.

G1