Uma história começa a circular entre o Tribunal de Contas do Estado. O conselheiro Nominando Diniz, como se sabe, depois de ter sido afastado pelo ministro Francisco Falcão (Superior Tribunal de Justiça) na esteira da Calvário 7, retornou ao TCE, por decisão do vice-presidente do STJ, Jorge Mussi. Ficou a curiosidade. Por que um ministro manda afastar e outra determina o retorno?

Segundo comentários de bastidores, Nominando foi alcançado pela Calvário, a partir de uma ligação telefônica interceptada (com ordem judicial). No diálogo, o lobista Daniel Gomes da Silva teria indagado ao ex-procurador Gilberto Carneiro como deveria proceder para “convencer” o conselheiro a aprovar as contas da Cruz Vermelha gaúcha, já que vinha desaprovando todas.

Gilberto teria dito que a solução seria contratar um advogado indicado por Nominando. Então, com base nesse diálogo, o ministro Falcão afastou o conselheiro, além de Arthur Cunha Lima. Mas, na sequência do campeonato, não teria se constatado que o tal advogado foi contratado por Daniel, “a pedido” de Nominando. Então, o ministro Mussi decidiu determinar o retorno do conselheiro.

Em virtude disso, comenta-se na Corte que Nominando Diniz deverá acionar Gilberto Carneiro judicialmente. Afinal, foram suas declarações que resultaram no afastamento do conselheiro, além de provocarem um intenso desgaste público.