Defesa de João de Deus nega que ele tenha sacado R$ 35 milhões de contas pessoais e diz que vai pedir liberdade do médium hoje segunda-feira (17). Veja

Advogado de João de Deus, Alberto Toron, afirma que prisão domiciliar seria o mais justo e que cliente não sacou R$ 35 milhões
Reprodução/Globonews

Advogado de João de Deus, Alberto Toron, afirma que prisão domiciliar seria o mais justo e que cliente não sacou R$ 35 milhões

O advogado que trabalha na defesa de João de Deus, Alberto Toron, negou na tarde deste domingo (16) que seu cliente tenha sacado R$ 35 milhões de suas contas bancárias  conforme confirmou o Ministério Público de Goiás e afirmou que o médium teria apenas retirado esse valor de suas aplicações para atender “as necessidades dele”.

Em entrvista coletiva na frente da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Goiânia, para onde João de Deus foi levado após a rendição numa estrada de terra, às margens da BR 060, em Abadiânia, Alberto Toron afirmou tambémque a prisão preventiva “seria o mais justo” e que vai entrar com um pedido de habeas corpus na Justiça já nesta segunda-feira (17).

Acusado de ter cometido abuso sexual contra mais de 330 mulheres, João de Deus se entregou à polícia em Goiás neste domingo por volta das 16h20, mais de 48 horas depois de seu pedido de prisão preventiva ser decretado. Ele chegou a ser considerado foragido após policiais realizarem buscas em mais de 30 endereços sem sucesso. A defesa nega as acusações de abuso sexual e também de movimentação financeira.

“Ele não tirou R$ 35 milhões. Ninguém saca R$ 35 milhões do banco”, disse Toron. “Não houve nenhuma movimentação. Ele simplesmente baixou as suas aplicações para fazer frente às necessidades dele. O que se reputou que seria dinheiro para ele poder fugir cai por terra quando ele se apresenta. Ele se apresentou dando mostras claras de que respeita a Justiça e o Poder Judiciário e por isso está à disposição”, completou.

Toron foi responsável por negociar a forma como João de Deus se entregaria à polícia. “O que esperamos é com a maior eficácia se possa fazer não uma prisão, mas talvez uma prisão domiciliar.”

O advogado reiterou que seu cliente nega as acusações de abuso sexual. “Seu João nega essas acusações e com o tempo vamos poder ter certeza do que realmente aconteceu. Reitero a estranheza de fatos ocorridos há 30 anos, de fatos graves, e a mulher volta [à Casa Dom Inácio de Loyola] duas três vezes depois”, afirmou ele antes de pedir mais tempo para avaliar o conteúdo dos 15 depoimentos das vítimas coletados até agora para só então poder “criticá-los”.

De qualquer forma, o médium João de Deus será conduzido ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, conhecido como Núcleo de Custódia de Goiânia, onde passará a primeira noite preso .