AS FAKE NEWS VÃO AFETAR AS ELEIÇÕES NO BRASIL?
A internet facilitou a difusão das informações. Qualquer cidadão hoje consegue fazer um site ou blog por menos de 100 reais. Ou consegue fazer uma página ou grupo nas redes sociais por custo zero. Com isso, qualquer tipo de conteúdo pode ser postado, compartilhado, sem qualquer critério. Liberdade total.
As informações publicadas pelos tradicionais meios de comunicação – jornais, revistas, programas de tv – disputam espaço de igual para igual com produções sensacionalistas de veículos que nem tem MTB se responsabilizando (número profissional de jornalista). Com isso, informação sem qualidade – ou ainda pior, desinformações contendo boatos, notícias falsas, mentiras, calúnias, injúrias ou difamação convivem lado a lado com informações sérias e checadas. Até mesmo imagens são manipuladas produzindo falsas situações. Muitas vezes a notícia falsa e a verdadeira estão lado a lado nas redes sociais.
As eleições americanas mostraram a fragilidade desse sistema de comunicação. As chamadas Fake News – notícias falsas – afetaram diretamente a campanha nos Estados Unidos. Em ano de eleição, esse também é um dos temas de maior destaque aqui no Brasil. O combate às fake news vem sendo tratado com relevância pela Justiça Eleitoral, uma vez elas podem interferir na disputa eleitoral, prejudicando candidatos e partidos. Em seminário da revista Veja, o Ministro Luiz Fux, Presidente do Supremo Tribunal Eleitoral (STE), disse: “As fake news acabam contaminando o ambiente político e ferindo de morte o princípio democrático. O voto só pode ser consciente se for antecedido da informação exata sobre seu candidato”. O ministro Fux também mencionou que, em comparação com os Estados Unidos, a liberdade de expressão pode ser mais relativizada no Brasil. “Aqui há medidas judiciais de prevenção e repressão. No TSE elegemos uma estrutura para agirmos preventivamente e repressivamente”.
NBO