Nem mesmo a crise que assola o país e as constantes diminuições nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) têm feito alguns prefeitos recuarem no ritmo de contratações de prestadores de serviços na Paraíba.
Enquanto a palavra de ordem é enxugar as despesas e cortar gastos desnecessários, alguns gestores ignoram o atual quadro e vão na contramão da economia.
Recentemente, dois prefeitos paraibanos anunciaram medidas de contenção para equilibrar as contas públicas. Romero Rodrigues (PSDB) e Francisca Motta (PMDB), prefeitos de Campina Grande e Patos, respectivamente, ‘cortaram na própria carne’ e, dentre outras medidas, reduziram os próprios salários.
Por outro lado, na cidade do Conde, por exemplo, a crise parece passar longe. De acordo com dados enviados pelas própria prefeitura ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), em janeiro deste ano a gestão da prefeita Tatiana Côrrea (PTd0B) registrava um total de 161 servidores comissionados e 230 prestadores de serviço. No mês de maio – último disponível pelo sistema Sagres – o número de comissionados passou para 184, enquanto que o total de prestadores para 684.
Em janeiro, o total de servidores, incluindo inativos e servidores concursados, chegava a 907 funcionários. Em maio, a folha saltou para 1319 pessoas.
Na cidade de Queimadas, no Cariri paraibano, em janeiro o número de comissionados chegava a 241. Já em maio, o total de ‘apadrinhados’ era de 260. No que se refere ao quantitativo de prestadores de serviço, no início do ano a prefeitura tinha 344 pessoas contratadas sem concurso público. Em maio, esse número passou para 765.
Ainda no Cariri, na cidade de Boqueirão, o número de prestadores de serviço passou de 203 (em janeiro) para 351 (em maio).
Já em Itabaiana, no Vale do Paraíba, nem mesmo os constantes atrasos nos salários dos servidores, inclusive de aposentados, fez prefeito Antônio Carlos (PMDB) recuar nas contratações. Em janeiro, a prefeitura possuía apenas quatro prestadores de serviço. Em maio, os chamados ‘PS’, já eram 90.
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