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ANVISA determina recolhimento de massas de macarrão com substância ligada à morte de cães

A agência determinou que massas da empresa Keishi devem ser recolhidas do mercado por terem usado lote de propilenoglicol contaminado com substância altamente tóxica que teria matado cães

AAgência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu determinação nesta quinta-feira (22/09) exigindo o recolhimento de massas alimentícias da empresa Keishi.

A marca é produzida pela empresa Bbbr Indústria e Comércio de Macarrão Ltda, que, segundo a ANVISA, usou o lote de propilenoglicol contaminado com monoetilenoglicol.

Este lote é da marca Tecno Clean Industrial Ltda, a mesma empresa que vendeu a substância para produtora de petiscos caninos, o que pode ter sido a causa da morte de dezenas de cães pelo país.

A ANVISA já estava investigando se os dois lotes de propilenoglicol contaminados (AD5035C22 e AD4055C21) tinham sido vendidos e usados na indústria alimentícia humana.

A substância propilenoglicol é usada em alimentos industriais para animais e seres humanos e não causa danos à saúde, diferentemente do monoetilenoglicol, altamente tóxico, sendo a mesma substância encontrada no famoso caso da cervejaria Backer.

A ANVISA afirmou que, após fazer uma inspeção, foi constatado que a empresa de macarrão comprou um dos lotes e usou a substância contaminada em sua linha de produção de massas.

O que a ANVISA orienta?

A agência diz que a Keishi produz e comercializa diversos tipos de massas orientais como udon, yakisoba, lámen, além de massas de salgados como o gyoza, que são vendidos congelados.

A vigilância sanitária orienta que empresas que tenham as massas da Keishi não devem comercializá-las e nem as utilizar. Já consumidores que tenham comprado os produtos, não devem fazer uso.

Caso tenha comprado massas da empresa e não consiga visualizar corretamente a data de fabricação, o consumidor deve ligar para a empresa para confirmar a data através do número do lote. Se mesmo assim o consumidor ficar com dúvidas, a orientação é não consumir.

fonte : jornal ciência