No Congresso e no governo, prevaleceu a avaliação de que inquéritos que demoravam dois anos para virar denúncias poderão ser feitos em apenas seis meses. Motivo: a força-tarefa que a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, criará para ajudar o relator da Lava Jato, Edson Fachin, a tocar os inquéritos das delações da Odebrecht.
Ou seja, até o final do ano, há possibilidade de o Ministério Público pedir a abertura de ações penais contra ministros e parlamentares. Isso pode acelerar a saída de ministros de Temer, que contavam com a tradicional lentidão do Supremo para permanecer nos cargos até o fim do atual governo, que acabará em 31 de dezembro do ano que vem.
Temer já disse que, uma vez denunciados, ministros deverão se afastar temporariamente.
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Mais mudança
Após reunião com a bancada feminina na Câmara, o presidente fez uma troca. Em vez de estabelecer um tempo de contribuição menor para as mulheres na comparação com os homens, como disse em entrevista ao SBT, o governo optou por avalizar idades mínimas diferentes para aposentadoria.
Após período de transição, as idades mínimas serão de 65 anos para homens e de 62 para mulheres. Mas haverá debate sobre diminuir o tempo de contribuição das mulheres, porque elas têm mais dificuldade para cumprir esse prazo do que os homens.
Muitas ainda deixam a carreira profissional em segundo plano para cuidar dos filhos. Mulheres mais pobres também têm mais dificuldade do que os homens para se manter empregadas. Logo, essa discussão ainda deverá voltar a ser feita tanto na Câmara como no Senado.
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KENNEDY ALENCAR
BRASÍLIA