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A guinada que a Paraíba dará com a multiplicação de postos de trabalho para reeducandos pós instalação de fábricas nas prisões

 

         A instalação de fábricas dentro de cadeias e penitenciárias de nossa Paraíba marcará duas fases distintas na política de ressocialização de pessoas em cumprimento de pena: o hoje e o amanhã, ou seja, haverá uma multiplicação da oferta de trabalho para homens e mulheres em privação de liberdade. Se atualmente X pessoas estão em atividades laborais em instituições e nas prisões, num futuro próximo o quantitativo será X + Y.

A presença de unidades fabris nos presídios é uma realidade em alguns estados e tem dado certo. Na Paraíba a parceria laboral também prosperará. Tanto no quantitativo quanto no item qualitativo.

Muito mais pessoas presas terão oportunidade de trabalhar, ganhar salário e dividir com sua família ao mesmo tempo em que estarão redimindo sua pena. Três dias trabalhados, menos um dia de pena.

Um outro fator fundamental será a qualificação por meio de diversos cursos profissionalizantes. Governo, empresas e demais parceiros construirão um novo tempo. O processo de reinserção social de pessoas ganhará proporções nunca experimentadas antes em nossa Paraíba.

Os ganhos são para todos: sociedade, governo, empresas, reeducandos e seus familiares. Outro fator positivo será a diminuição da reincidência criminal, pois, acredita-se, quem tiver a oportunidade de trabalhar para uma empresa ainda dentro da prisão, vai querer sim conquistar emprego aqui fora no mercado de trabalho, quem sabe até na mesma indústria que se instalou na prisão em que ele (a) cumpria pena e lhe ofertou trabalho.

Toda esta dinâmica é com base na Lei de Execução Penal (LEP) Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984. E no Plano Estadual pelo Trabalho e Renda no Âmbito do Sistema Prisional, já sendo aplicado.

O Governo da Paraíba, os reeducandos e reeducandas e seus familiares apostam nesta ação revolucionária que vai acelerar, também, a volta para casa, portanto, mais famílias se reencontrarão para o recomeço. Na soma de todo este processo, mais chances de paz social e certo incremento na economia paraibana.

No Sistema Prisional cinco eixos trabalham a ressocialização de pessoas: educação, trabalho, saúde, família e cultura. A oferta de trabalho nas fábricas dentro das prisões vai despertar maior interesse dos presos pelo eixo educação na alfabetização, no Ensino Médio, uma das condições na seleção que o Estado e as empresas exigirão para ocupar postos de trabalho. Os reeducandos, guiados pela luz da mudança, buscarão fortalecer os laços com a família. Enfim, esse novo tempo anunciado, marcará o antes e o depois nas políticas de ressocializar pessoas. Claro que até hoje os avanços são consideráveis, porém, o que virá será em maior escala.