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A gente implorava pra ele sair dessa vida’, diz tia de adolescente morto dentro de trem

Tia do menor se desespera ao saber da morte
Tia do menor se desespera ao saber da morte – Severino Silva

Rio – Um adolescente foi morto dentro de um trem da SuperVia, na manhã desta quarta-feira, após realizar um arrastão e ser surpreendido por um agente da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) armado. A tia do menor, Denise Maria Rodrigues, conversou com a reportagem do DIA econtou que os familiares sabiam dos seus crimes e pediam, constantemente, para que ele mudasse de vida. De acordo com ela, o ladrão, de 17 anos, continuava assaltando por influência de amigos.

“A gente implorava sempre pra ele sair dessa vida, mas ele nunca obedecia. Ele continuava assaltando por influência dos amigos. Hoje de manhã ele saiu de casa e avisou que ia assaltar”, conta a tia, que é camelô na Central do Brasil, local onde a composição está estacionada para a realização da perícia.

“Eu sou conhecida aqui na área, foram os guardas [da SuperVia] que me avisaram que meu sobrinho tinha morrido. Ele é conhecido aqui também porque sempre assalta na região”, disse.

Segundo ela, o adolescente faria aniversário nesta sexta-feira e é o filho caçula de quatro irmãos. Sua mãe é empregada doméstica e trabalha na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. “A mãe dele ainda não sabe do que aconteceu”, disse abalada.

Jovem de 17 anos continuava praticando crimes por influência de amigos – Severino Silva

A insegurança nas plataformas é uma reclamação constante dos passageiros da SuperVia. Fabiana de Melo, uma secretária de 48 anos, conta que evita pegar o trem em determinados horários por conta do perigo:

“O trem em determinados horários é seguro. Mas em outros eu evito porque moradores de rua entram no trem pra assaltar, tem arrastão, vandalismo, correria, principalmente em algumas plataformas”, desabafa.

Em nota, a SuperVia reforçou que a segurança pública é uma atribuição do Governo do Estado, que atua nos trens e estações por meio dos seus grupamentos militares. A concessionária ainda lamentou que “a insegurança que atinge todo o estado seja também observada no sistema ferroviário, do qual dependem milhares de passageiros”.

O dia