30 anos
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Aos 30 anos, ela já não quer mais perder tempo, sabe? Só que, com 30 anos, não é mais aquela sensação do ‘não querer perder tempo’ quando ela tinha 20 anos. Sua vontade de viver e de realizar os seus sonhos é real e tem um objetivo. Ela está segura do que quer, ela sabe para onde vai. Aos 30 anos, ainda que algumas dúvidas pairem sobre os seus pensamentos antes de deitar, ela entende que não pode pensar muito diante do que vale a pena. E é o que vale a pena que define as suas escolhas.

Aos 30 anos, ela não só coloca as dúvidas na balança, mas aprende a usar a balança a favor da sua felicidade. É que a paz de espírito, a segurança e os pés no chão começam a ter um preço alto para sua sanidade. E apesar das emoções continuarem sendo regadas pelo seu jovem coração, a razão também começa a ter voz ativa e o poder  de decisão.

 

Aos 30, essa mulher consegue ser mais firme. O prazer é mais intenso. O toque, o cheiro e sabor são ingredientes que não podem faltar na cama. A ansiedade da juventude começa  a ceder espaço para a intensidade dos bons momentos. O olhar muda de direção. A beleza do outro vira sinônimo de profundidade e inteligência.

 

A mulher de 30 gosta de escutar coisas interessantes e de falar coisas interessantes. Na multidão, ela busca um sentido. Sair de casa não é mais motivo para não ficar em casa. Suas saídas precisam de um propósito. Suas companhias são mais selecionadas. Seus amigos são poucos, mas verdadeiros.

 

Aos 30 anos ela quer abraçar o tempo. Ela quer ganhar tempo o tempo todo. Sem pressa, mas precisa nas suas decisões. Reavaliando os sentimentos, as suas conexões. Os seus relacionamentos. Reavaliando os seus próprios passos.

 

A mulher de 30 não quer errar, ainda que ela continue metendo os pés pelas mãos. Seus erros serão erros do acaso do destino ou o resultado de escolhas erradas no passado.

 

Aos 30 anos, ela vai ficando mais sábia. Mais paciente, apesar da pressa. Mais reflexiva, apesar das inúmeras atividades que ela se propõe a fazer. Ela não vai parar para respirar enquanto não chegar onde deseja. Por isso, a mulher de 30 sempre aparenta ser ofegante diante dos desafios. Ela quer vencer inclusive as vinte e quatro horas de um dia.

 

Aos trinta ela aprende na mesma velocidade em que ensina. Só que, com trinta anos, suas lições são reflexos das suas experiências passadas e os seus ensinamentos acontecem até quando ela não quer ensinar nada.

 

Com trinta anos, ela valoriza o prazer, o seu bem estar, a sua tranquilidade no mundo e, se alguma coisa – ou alguém – ameaçar tirar essas coisas dela, ainda que lhe sobre sentimento, ela exagera na razão e se movimenta para sair do lugar.

 

A mulher de 30 anos sabe o que quer pois aprendeu o que não queria aos 20.

 

Tem pressa pois se prepara para um caminho ainda mais desconhecido aos 40.

 

E sabe que, acima de tudo, o tempo não pára enquanto os seus 30 anospassam.

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