A crise venezuelana não deixa dúvidas: votar em Bolsonaro foi dever cívico
O apoio incondicional à ditadura de Maduro vinda do PT e de todos os partidos que formam sua linha auxiliar (PSOL, PC do B, PCB e afins) não é segredo e causa repulsa. Gleisi Hoffmann, atual presidente do PT, fez questão de comparecer pessoalmente à renovação do mandato de Maduro.
A esquerda não poupa esforços em verdadeiras ginásticas pseudo-intelectuais para tentar justificar os horrores que estão acontecendo no que era um dos países mais promissores da América Latina.
Perguntado sobre o chocante registro de um atropelamento de manifestantes por um blindado, Pepe Mujica, ídolo da militância progressista, disse o seguinte:
“As pessoas não devem ficar em frente aos tanques”.
Ou seja: em nome da causa, todo tipo de violência e arbitrariedade será válido.
Para a esquerda, assim como não importa o que é dito, mas sim, quem diz, também não importa o que é feito, mas sim, quem faz.
É difícil fazer um prognóstico dos próximos desfechos. O certo é que, ao povo venezuelano, restam apenas duas alternativas: insurgir-se até a derrubada de Maduro – aos moldes do que fizeram os heróis ucranianos na praça Maidan em 2014 – ou reconhecer a derrota e sujeitar-se à ditadura, abrindo mão de sua liberdade.
Qualquer intervenção militar internacional antes do levante total do povo venezuelano será vista como ato imperialista, contando com possível reprovação da ONU – que, aliás, mantém postura exageradamente passiva, considerada a gravidade da crise.
Agora imaginem como seria se Maduro contasse com o apoio financeiro e político do maior país da América Latina?
Se o ditador não sofresse a pressão do cerco formado por Brasil e Estados Unidos?
Imaginem os constrangedores discursos de Haddad em defesa de Maduro, o nosso dinheiro sendo utilizado para esmagar pessoas inocentes! É de causar arrepios.
O governo Bolsonaro merece críticas, como qualquer governo. Parece uma sinfonia que ainda busca seu tom. Mas diante do cenário regional, não há como negar o fato de que cumpriu dever cívico quem digitou “17” nas urnas em outubro de 2018.
(Texto de Eduardo Marques)
Publicado originalmente no site Lócus Online