Uma história de muitas histórias, uma vida que se multiplicou em muitas vidas, um sertanejo de sua origem Paulista/Pombal-PB que se radicaliza caririzeiro Boqueirão-PB, um Paraibano, um Brasileiro Carlos Marques Dunga.
Nascido em 07 de dezembro de 1945, na cidade de Pombal, Carlos Marques Dunga, o primogênito de mais quatro irmãos, filho de Pedro Marques Filho e Judith Dunga Marques, entre a Serra de Zé Ferreira no sítio Ipueira-Paulista-PB e a cidade de Pombal, viveu infância e adolescência onde depois vai cursar em Patos no colégio interno e por causas financeiras volta para Pombal para concluir o Ginásio.
Depois de um acidente no caminhão que dirigia aos 15 anos, deixa as estradas e vai para Campina Grande cursar o 2º grau, nessa época o comercial, e chegando no Estadual da Prata se torna membro do grêmio e se torna presidente da Casa do Estudante onde reside.
Numa noite de 1964, os estudantes são convidados a abandonar a cidade, e nessa noite, Dunga decide voltar para Pombal, e fica escondido na boleia do caminhão na rua das Boninas em Campina Grande. Padre Palmeira, que era pároco de Boqueirão, naquela noite se encarrega de dar fuga aos estudantes, e direciona a Boqueirão e Recife para deixar estudantes, é avisado que Carlos Dunga não queria ir, voltar para Pombal e continuar estudando.
Assim, o padre decide passar no Jeep pelas Boninas e chamar Dunga, parando de lado da boleia do caminhão, o colega o chama Dunga, e logo Sr. Pedro Marques aparece em defesa do filho, esclarecido o que estava acontecendo, acordo feito e Dunga entra no Jeep do Padre com destino a Recife. Nessa noite, quando passam em Queimadas, outro carro vinha de Boqueirão com outros dois alunos para Recife, então nessa hora, Dunga pergunta ao Padre se pode ficar em Boqueirão trabalhando, aceito pelo Padre Palmeira, ele chega em Boqueirão nessa madrugada de 1964.
Acordado em volta as Correntes do Rio Paraíba, o galego dos olhos azuis, para muitos que chegou em Boqueirão com duas roupas, conhece a estudante nº 06, Cicera de Castro Marques, que tinha de ser chamada de Neuza, casam, e ele professor e ela vendendo lanches, “um liquidificador ganho no casamento“, se torna o maior produtor de vitaminas que era vendido no lanche e com esses lucros é feito o enxoval desse que escreve essa história, eu, o primeiro filho, depois nasce Carleusa, minha irmã, e Carlos José, meu irmão.
No passeio ao açude para nos mostrar as belezas e tomar banho no rio, Prof. Carlos, como até hoje é chamado, se torna vice-prefeito, Prefeito do antigo e gigante Município de Boqueirão.
Lembro da eleição para prefeito de meu pai, eu com 10 anos, escrevi uma das músicas da Campanha. Lembro da imagem do dia da vitória, onde uma passeata imensa enche a rua e desce na direção de nossa casa, lembro dos olhos de minha irmã, pois tínhamos sido por minha mãe, que não era para sair de casa, se desse errado íamos para Pombal naquela noite.
Eu lembro que quando vi a rua cheia, e meu Pai nos braços dos alunos ouvi um grito que ecoa meus ouvidos até hoje “Dunga, Dunga”… deixa o sapo na parede, pois os adversários passavam nas ruas a noite e diziam “Tira o sapo da parede”, era a foto de meu pai, um retratinho verde que ainda tem cópia original.
Uma das maiores gestões Administrativas que aquela cidade já teve, depois foi eleito deputado e nessa primeira eleição tem o atentado no comício do Mororó.
Trazemos em preces aquele dia de terror, pessoas mortas num comício após o anúncio de meu pai para a fala. Juro, que achava que nem eu e Carleusa nem Cazé íamos entrar para a política, eu me elejo Prefeito de Alcantil em 1997/2004, Cazé Prefeito de Boqueirão 2005/2012, Carleusa 2012/2014 Juazeirinho. Ainda tivemos Fred Prefeito de Juazeirinho.
Depois eu Dep. Estadual de 2006/2010. Nesse meio, Dunga foi eleito 4 mandatos Dep. Estadual, 2 mandatos Dep. Federal, Assumiu o senado como suplente senador Cicero Lucena, Foi Secretario Agricultura/Cidadania e Justiça/Casa Civil/Gov Burity/Ronaldo e Cássio. Fundou a Amcap/Unale.
Essa história de trabalho pela Paraíba foi de trabalho e muito trabalho. É bom cruzar o estado e quando alguém sabe que somos seu filho, contam uma história sua de bem e do bem.
Chegar em Brasília e cruzar com o Brasil o faz desafios ainda maiores e mais ousados. “Presidente da Frente Parlamentar contra o roubo de cargas”, remete o parlamentar a boleia do caminhão novamente.
Mas, o Pai, o amigo, o esposo, o avô, o professor permanece até agora em você, 80 anos de vida, de amigos, de doação, de verdade, de amor, de muito trabalho, de orgulho para todos nós.
Obrigado Deus, nossa senhora e o Padre Cícero aos de fé pela vida de meu pai, D. Neuza o esteio e a luz. Muito obrigado meu Pai, nós te amamos muito e esse amor é Deus entre nós.
Parabéns.
De um dia de domingo
Aniversário de 80 anos do meu Pai
07/12/2025
