A Federação de Cultos Africanos da Paraíba, localizada na Avenida Josefa Taveira, em Mangabeira, irá reabrir as portas com um grande evento às 19h, desta sexta-feira (7), com o intuito de resgatar a cultura negra, de religiões afro-brasileiras, matriz africana do Estado da Paraíba.
A Federação ficou inativa por cerca de cinco anos, desde o falecimento do seu presidente Walter Pereira, que escreveu uma história de muitas lutas em prol da cultura afro.
Atualmente, a Federação tem como presidentes o Pai Carlos de Xangô e a mãe Renilda de Oxossi, o afoxé Ylé Áwá, que significa “Casa de Todos” tem como presidente o Ogan Márcio Amorim que vem resgat ando e abrindo as portas da federação para cultura negra.
“Vamos reabrir a Federação com o projeto Kizomba, que quer dizer festa para todos, nós teremos toda primeira sexta-feira de cada mês, as portas abertas para o público, para o povo do candomblé, para o povo de cultos afro, da cultura África, enfim, estamos abrindo a federação com essa intenção, com esse intuito para que o povo de cultura negra tenha seu momento”, pontuou o Ogan Márcio.
Várias personalidades e autoridades do Estado já confirmaram presença no evento, dentre as quais os deputados estaduais Gervásio Filho e Estela Bezerra.
Marcio Amorim vem promovendo o evento com apoio da prefeita de Conde Tatiana Corrêa, Chefe da Casa Civil de Conde Eudes Fêlix e dos presidentes da Federação, mãe Renilda e pai Carlos de Xangô.
A Federação e a festa de Iemanjá em João Pessoa
A primeira festa de Iemanjá foi realizada em João Pessoa pela Federação dos Cultos Africanos no dia 8 de dezembro de 1966, quando ocorreu a liberdade através de uma Lei sancionada pelo então governador da Paraíba, João Agripino Maia.
A festa em homenagem à Rainha do Mar vai completar 45 anos e já é uma festa tradicional que hoje, além de fazer parte do calendário de festas municipal e estadual, também faz parte do calendário internacional, sendo a única festa da Paraíba que está inserida nesse calendário.
Mãe Renilda
Renilda Bezerra de Albuquerque foi iniciada no culto da Jurema Sagrada aos nove anos de idade e, aos 17 anos, foi iniciada na Umbanda, convertendo-se ao Candomblé de nação Jêje Savalú em 1996. Mãe Renilda foi a primeira sacerdotisa afro-brasileira a ingressar no Movimento Negro do Estado, em 1990, quando passou a desenvolver projetos sociais no bairro de Cruz das Armas, com a distribuição de sopas. Foi sócia-fundadora da Cruzada Federativa de Umbanda e fundou a Federação Independente dos Cultos Afro-brasileiros do Estado da Paraíba (Ficab). Atualmente, ela é presidenta do Movimento Negro da Paraíba; conselheira e presidenta do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial da Paraíba (Cepir-PB); conselheira da mulher de Joã o Pessoa; membro do Fórum Estadual de Educação, da Secretaria da Negritude do PSB-PB e suplente do Conselho Nacional da Saúde (CNS).
Contato: 83 9 8635-8155 – Ogan Márcio Amorin