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Blog do Vavá da Luz

CLUBE DA HISTORIA EM :Um pinheirinho muito especial

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 O Natal aproximava-se e era grande a azáfama em casa do Coelhinho, com os amigos e familiares a arrastar fitas de papel, em romaria pelas caixas de enfeites e estrelas…

“Feliz, Feliz Na-dal”, cantava o Coelhinho correndo pela sala com enfeites atados à cauda.

A Avó Coelha chegou com uma braçada de presentes.

— Está quase pronto — disse. — Agora só precisamos de um pinheirinho.

 — Não há pinheirinho? Onde vamos pôr o Anjo? — peguntou o Coelhinho ofegante. — Sem pinheirinho não há Na-dal!

— Não te preocupes! — riu-se o Pai Coelho. — Agasalha-te que vamos já buscar o pinheirinho.

E todos os animais saíram para a luz daquele dia de inverno.

Pou! Uma bola de neve atingiu o Pai Coelho na orelha. Como se riam enquanto apanhavam mais neve!

Flocos de neve começaram a bailar no ar, caindo do céu suavemente.

— Está a nevar! — gritou o Ratinho.

— Vamos! — disse o Pai Coelho. — Temos de encontrar o nosso pinheirinho.

— Que tal este? — perguntou o Ratinho.

— É maior que a casa do Coelhinho — riu-se o Ouriço-Cacheiro.

 

Corriam de uma árvore a outra, mas todas eram ou demasiado altas ou demasiado largas ou tinham muitos picos.

— Será que vamos alguma vez encontrar um pinheirinho? — suspirou o Coelhinho.

— Vamos procurar do outro lado da montanha — disse o Pai. — Lá há muitos!

A neve caía com mais intensidade quando desciam a encosta apressadamente.

— Onde está o Coelhinho? — perguntou o Pai Coelho, espreitando através dos flocos de neve.

— Estou aqui— gritou o Coelhinho. — Encontrei um pinheirinho para o Anjo. Olha!

— Hurra! — exclamou o Ratinho. — É perfeito.

 

Todos juntos puxaram o pinheirinho pela encosta acima, enterrando os pés na neve que se havia acumulado. Era um longo caminho até casa!

Mas continuaram a arrastar-se, sentindo fome e cansaço.

— Os meus pés estão frios — fungou o Ouriço-Cacheiro.

— E o meu nariz, as minhas orelhas e a minha cauda também! — tremia o Ratinho.

Finalmente chegaram ao cimo da montanha.

Mas a casa ainda ficava longe…

— Estou esgotado — chorava o Coelhinho, estendendo-se no chão.

— Estamos quase lá — disse o Pai Coelho apertando-lhe a pata. E, sorrindo, deitou o pinheirinho na neve.

— Todos para cima, — disse — e segurem-se bem!

 

Como um foguete, o pinheirinho deslizou pela encosta, a espalhar neve por todos os lados, até parar à porta de casa. 

Em casa, a Avó Coelha agasalhou-os bem e preparou um chocolate quente que lhes aqueceu as patinhas.

Depois, trouxeram o pinheirinho para dentro e todos se juntaram à sua volta, envolvendo os ramos com bolas e contas brilhantes.

O Pai Coelho ergueu o Coelhinho que pôs o Anjo no cimo do pinheiro.

— Feliz Na-dal, Anjinho! — disse.

— Vamos acender as luzes — pediu o Ouriço.

A sala encheu-se de centenas de luzes tremeluzentes.

E os pequenos animais aconchegaram-se à volta do pinheirinho mágico e cintilante.

 

 

Catherin Walters, Simon Taylor-Kielty

The Special Christmas Tree

London, Little Tiger Press, 2010

(Tradução e adaptação)

 

 

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