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Blog do Vavá da Luz

CLUBE DA HISTORIA EM : A parábola dos Girassóis

Logan assobiava no caminho para casa enquanto contava os dias que faltavam para ver o sol de verão brilhar no seu quinhão de jardim. O seu pai, lavrador, prometera que ele podia plantar o que quisesse. E Logan queria algo G-R-A-N-D-E , maior que os pés de milho do seu irmão, ou as malvas-rosas da sua irmã. Queria cultivar girassóis grandes, tão altos que pudessem chegar ao céu! Depois de o sol quente de maio correr com a última geada, Logan e o pai escolheram as melhores sementes de girassol.

GIGANTE, lia-se no pacote das sementes. Logan tinha a certeza de que os seus girassóis chegariam aos céus por volta do mês de agosto. Logan e o pai trabalharam lado a lado. Cavaram a terra dura, arrumaram para o lado as pedras pesadas, e arrancaram as ervas daninhas que podiam sufocar as plantas. O pai de Logan acrescentou algum adubo. E Logan enterrou as pequenas sementes na terra. Depois, aguardou. A chuva quente de verão trouxe água fresca.

E os rebentos de girassol espetavam as suas cabeças sedentas para fora da terra. — Bebam! Bebam! — dizia Logan da janela. O verão quente trouxe luz e calor, o que fez as plantas crescer. — Cresçam! Cresçam! — cantava Logan. Quanto faltava para florirem? Quanto faltava para chegarem ao céu? Em breve, no jardim, todas as plantas cresciam a olhos vistos. Os pés de milho do seu irmão cresciam, cresciam… As malvas-rosas da sua irmã acenavam bem acima da vedação.

Mas nada crescia mais do que os girassóis do Logan… Sempre que uma brisa soprava pelo jardim, os girassóis sacudiam as suas cabeças. «Sim», pareciam dizer. «Temos GRANDES planos para este verão.» Depois de julho chegou agosto. Sem alarido. E os girassóis gigantes viraram as suas flores para o céu. Seguiam o sol com as suas cabeças castanhas e redondas. «Em breve, os meus girassóis vão esticar-se até ao céu!», pensou Logan todo vaidoso. Estava orgulhoso do seu trabalho árduo.

Mas, no final do verão, as flores deixaram de crescer. As suas cabeças, bem pesadas devido às sementes, inclinavam-se para o chão. Pássaros esfomeados saltitavam por entre os pés de milho. Logan ficou triste. Agora, as plantas mais altas da quinta do seu pai nunca chegariam ao céu… Os altos pés de milho seriam cortados durante a colheita.

As malvas-rosas deixariam de florir. Todo o trabalho fora em vão! O lavrador sabia que o seu filho estava desapontado, mas ele conhecia um segredo ou até mais… O milho iria ser comido por muita gente, as malvas-rosas haveriam de florir novamente no próximo ano e os girassóis… Bem, os girassóis traziam consigo um presente: AS SEMENTES! Havia sementes para alimentar pássaros, sementes para alimentar pessoas, sementes para serem levadas para todo o mundo como Deus planeou. — Vê, meu filho! — disse o lavrador. — Vê a colheita abundante que os girassóis produziram.

Logan observou como as aves de todos os tipos tiravam as sementes das cabeças dos girassóis. Depois voavam, subiam bem alto no céu, por cima dos campos, para lá do horizonte, até desaparecerem de vista. — Pai, afinal os girassóis chegam ao céu!— gritou Logan de alegria. — As sementes vão para todo o lado! O lavrador acenou com a cabeça, concordando com o filho. — O que podemos fazer com as sementes que sobraram? Logan pensou muito. — Podemos salpicar as sementes e partilhá-las com os amigos esfomeados.

E podemos guardar algumas para semearmos no próximo ano… — acrescentou Logan, contente consigo mesmo por ter pensamentos tão positivos. — Para o ano semeamos a dobrar! O lavrador concordou novamente e sorriu. — Vê como podemos fazer maravilhas quando trabalhamos juntos no jardim!

 

Liz Curtis Higgs The sunflower parable Tennessee, Tommy Nelson, 2007 (Tradução e adaptação)