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Blog do Vavá da Luz

Arte de Shiko é eleita a melhor

Shiko foi escolhido pelos seus mais recentes trabalhos: Piteco – Ingá e O Azul Indiferente do Céu

Foi divulgado pela Associação dos Quadrinistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo (AQC-ESP) os ganhadores da 30ª edição do Troféu Angelo Agostini. Pela primeira vez um paraibano é eleito como Melhor Desenhista. Shiko foi escolhido na votação aberta ao público pelos seus mais recentes trabalhos: Piteco – Ingá (Panini) e O Azul Indiferente do Céu (Marca de Fantasia).

A cerimônia de entrega do troféu acontecerá no próximo sábado, a partir das 13h, na Biblioteca do Memorial da América Latina, em São Paulo. Assim como nas edições anteriores, desde 1985, o Angelo Agostini acontece para marcar o Dia do Quadrinho Nacional, que é comemorado no dia 20 de janeiro, data instituída pela AQC-ESP em homenagem à primeira publicação de As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte, do italo-brasileiro Agostini (1843-1910), em 1869.

O grande “personagem” da premiação é o projeto do selo Graphics MSP, onde personagens de Mauricio de Sousa ganham uma história longa e uma nova perspectiva por quadrinistas do país. O primeiro volume da coleção, Astronauta – Magnetar, arrematou dois troféus no ano passado como Melhor Lançamento e Melhor Desenhista (para o paulista Danilo Beyruth).

Além de Shiko ter emprestado o seu traço para o quarto álbum da série, referente ao pré-histórico Piteco, o cartunista Gustavo Duarte foi escolhido na categoria Melhor Roteirista pelo seu trabalho no Chico Bento – Pavor Espaciar, outro volume fruto do Graphics MSP. Ambos fora lançados no segundo semestre do ano passado.

Fechando a trinca, o editor do projeto, o jornalista Sidney Gusman, foi o nome mais lembrado entre os votantes para o Troféu Jayme Cortez, premiação entregue a uma personalidade ou instituição em reconhecimento por sua contribuição às histórias em quadrinhos no Brasil. Há 10 anos Gusman, que também é editor-chefe do site especializado Universo HQ, já havia ganhado na mesma categoria (junto com o quadrinista André Diniz e a editora Opera Graphica).

Em dezembro, o trio participou de uma sessão de autógrafos realizada na gibiteria Comic House, em João Pessoa.

OUTRAS CATEGORIAS

O troféu de Melhor Cartunista ficou com o veterano Angeli, que nunca tinha ganhado na categoria, instituída pela associação desde 2003. No Angelo Agostini o artista só havia figurado no quadro de Mestres do Quadrinho Nacional, em 2004.

O Melhor Lançamento foi Meninos e Dragões (Abril), criação da dupla Lúcio Luiz (roteiro) e Flavio Soares (desenhos) que envolve o tema medieval com novas tecnologias.

Plataforma HQ, coletânea de quadrinista do Rio Grande do Sul, foi o Melhor Lançamento Independente. Já as tirinhas envolvendo o cotidiano do também gaúcho Pedro Leite, Quadrinhos Ácidos, ficou com o troféu de Melhor Fanzine.

Por fim, foram eleitos para a seção Mestres do Quadrinho Nacional da 30ª edição o quadrinista paulista Lourenço Mutarelli, o cartunista gaúcho Byrata Lopes e o desenhista goiano Paulo Paiva Lima.

Diferente das outras categorias, nesta já foram reconhecidos três paraibanos: os quadrinistas Emir Ribeiro e Mike Deodato Jr. (na edição de 2009) e o editor e criador de Maria, Henrique Magalhães (eleito no ano de 2010).