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Um mestrando na Argentina (Carlos Marques Dunga Jr)

 

Era um dia de inverno frio (-2° na cidade de La Plata, na Universidade Nacional de La Plata). Havia chegado na madrugada. Às 9 horas da manhã, entrei na sala de aula para iniciar o Mestrado. Consani, o Reitor da Universidade e Professor da disciplina Direcho Internacionalle, dava as boas vindas à turma de brasileiros – e eu me juntava a aproximadamente 35 alunos de todas as partes do Brasil.
Logo me sentei, e como todo o curso foi em espanhol, demorei alguns dias para adaptação ao ali pronunciado aos argentinos, inclusive para me conectar ao vocabulário, e logo no primeiro jantar pronunciar “cenar”.
Sentei-me ao lado de dois alunos, dos quais me tornei amigo já no primeiro intervalo. Dr @diogodoria foi um com o qual mais conversei naquela ocasião – ele, natural de Aracaju. Pessoas de todo o país se encontram na Argentina, em La Plata, para estudar e aprofundar conhecimentos em Relaciones Internacionales.
A temporada de dois anos nas terras do tango, de Gardel, do vinho bom, proporcionou a nós vários momentos ímpares, como a inesquecível aula sobre o conflito “guerra”das Ilhas Malvinas e as aulas de direito internacional do mar.
Nesses dias, também juntou-se a nosso grupo Dra Solange-Mato Grosso, Zé Rui-RJ, entre tantos da Bahia, Maranhão, Ceará.
Chegou o segundo módulo e juntaram-se à turma Kaymme-PE e Demétrius-BA. Aí, formou-se um encontro de irmãos de vidas passadas, que começaram a contemplar o tempo, dividir os momentos da vida, aprender juntos, discutir tratados e conflitos, entender mediação, formular teses e pesquisar nos dias o sentido daquele encontro de irmãos.
Passam-se os anos, fica a amizade que dura até hoje, de termos saudades de nos falar, que temos histórias a contar e a saber, aplaudir uns aos outros, viver o bem para todos.
Eita… se já não só valesse o título ali buscado, valeu a referência da amizade superlativa, e que tinha um caráter internacional. Nela, firmamos o acordo bilateral da amizade, discutimos que nosso tratado de irmandade era fraterno e tinha a essência do bem, que, na nossa visão de prospecção mundial, havia o laço em unir os estados, em relatos de harmonia, comunhão, união e valor bom. Estava fechado o ciclo Argentino e criado o acordo amigo, de um torcer pelo sucesso do outro. Era a formatura maior de um ser humano nas relações internacionais.
Saudade da porra disso tudo, mas nosso grupo de WhatsApp está logo aqui, e ainda hoje postarei lá meu orgulho, meu poema e minha poesia, pois, resta-me saber que todos nós somos do bem, e lutamos pela vida de paz e perseverança, na verdade que acrescenta e no amanhã que se levanta.
Dr Diogo, Solange, Kaymme, Zé Rui e Demétrio: onde será a próxima parada? Deus nos abençoe!

De um dia de domingo
Carlos Marques Dunga Jr
04/02/24