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Um maio amarelo ( Dunga Junior)

Um maio amarelo

Assim diz o Observatório Academy: “O Movimento Maio Amarelo nasce com uma só proposta: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.”
Fui apresentado ao movimento pelo professor Félix Neto, em meados de 2016, ele então superintendente da STTP-CG, quando ocupei a Coordenação de Trânsito.
Em 2021, assumi a Superintendência e, ao lado dos agentes de trânsito, com destaque para Jefferson, Daniel, Gustavo, Germano, Joana, e o pessoal de Estatística (Vanessa, Sônia), passamos a analisar os dados dos acidentes ocorridos na cidade e os números estatísticos.
Nascia o NEAT – Núcleo de Acidentes de Trânsito, no mês de maio de 2021, período pós-pandemia.
Existia algo a mais a ser identificado, existiam números a serem definidos com precisão, existia estudo para ser analisado em escala preditiva: era a cadeia em núcleo que se montava, com um grandioso desafio: salvar vidas.
Ouvi: isso que vocês estão propondo é “visão 0” na veia, é preciso expor isso para uma banca qualificada em âmbito nacional, precisamos levar esse modelo para todos. E, ainda: “não vai dar certo”.
Estamos juntos nesse propósito, é muito maior do que imaginamos, é real. Eis a comprovação de salvar vidas – isto é NEAT.
São quase dois anos de trabalho, com reuniões semanais, dados, contraponto, decisões em 48h, cobrança, exigência – é uma meta de todos, objetivo de todos, resultado e salvamento de vidas.
Algo a mais se faz presença nesse objetivo, que é semelhante ao amor – vivo com a verdade, sentimento de realizar e comprometimento.
A cada registro de uma semana; quinze dias; 1, 2, 3 meses sem qualquer ocorrência de acidente com vítima fatal, remete-nos à certeza de que estamos colaborando para o salvamento da vida, minha e sua. A cada registro de um óbito, a força para que naquele local não volte a existir episódio semelhante.
Vindo agora para casa, deparo-me com avanço no semáforo; desrespeito ao pedestre na faixa; excesso de velocidade; a encurtada pela contramão no sentido de tirar vantagem; desobediência à sinalização viária, aos limites de velocidade; a combinação de álcool e direção.
É, vou continuar apostando nessa tal raça humana, para que ela possa ver que a responsabilidade de salvar vidas é de todos nós.
Ouvi, certa feita, de Sílvia, agente de trânsito: “quando saímos de casa, realizo o planejamento do trajeto de onde estou e onde quero chegar”. Cheguei e parei diante dessa lição, e continuamos no debate, onde vimos que muitos não
realizam essa pergunta a si mesmos, e pode ser justamente este “sem saber onde vai” que encurtará e até cessará o seu e o caminho de quem planejou a sua chegada.
Cheguei à conclusão que todos os que fazem parte desse propósito integram o maior movimento que pode ser visto nos tempos atuais, em salvar vidas no trânsito.
Nesses 10 anos de Maio Amarelo, vamos usar o laço, espalhar a responsabilidade, disseminar, alertar, gritar em tom de amarelo: “No Trânsito, Escolha a Vida” – tema da Campanha de 2023.
– Eu escolho, e você?

De um dia de domingo de 30/04/2023

Amanhã é Maio, que ele seja Amarelo o ano inteiro.