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Blog do Vavá da Luz

SOU UM BARCO SEM REMO ( Marcos Bacalháo )

 

 

Tem dias que o mais queremos é chegar a casa depois de um dia estressante e termos a certeza que assim que abrirmos a porta estará alguém do nosso lado para nos dar um abraço apertado. Alguém que esteja sempre do nosso lado, ainda que por vezes a distância entre ambos tenha de si inevitável e não nos permite estar próximos fisicamente.

 

A vida nem sempre é fácil e nem as coisas correm como desejaríamos, mas ter alguém do nosso lado que divida conosco os momentos mais difíceis é o que faz a vida valer a pena.

 

Temos de ser diferentes num mundo onde a maioria simplesmente desaparece quando nos sentimos num barco sem rumo. é quando alguém nos ajuda a encontrara esse rumo que aprendemos a valorizar o amor, a amizade e a cumplicidade. Ninguém é perfeito e não desistir de quem não desiste das nossas imperfeições é um ato de firmeza e amor absoluto.

 

Às vezes em meio a toda essa loucura que é a vida, eu paro e tento enxergar aonde o tempo está me levando.
É desesperador a sensação de ser um barco perdido, sendo levado pelo vento.
 Não importa o quanto você tente remar, ou qual direção você decida seguir, o vento sempre te arrasta de volta para o  mesmo lugar.
Talvez exista algum sentido pra isso tudo e mais tarde a gente possa realmente entender. Talvez seja tudo isso uma mentira, e na espera de um dia entender tudo isso, chegue o nosso fim.

 

Sou este barco que navega rumo a um porto seguro que me espera em algum lugar do destino e o meu mar é este amor por onde hoje deslizo a sua procura. A vela que acolhe o vento que a sopra em silêncio e me leva, é você, lua vela minha. Te ajusto à minha alma sem medo da tempestade, pois este mar, este amor que me tira a paz é o mesmo que me acalma.

 

Por vezes, não são necessárias palavras. Basta sentir que aquela pessoa está ali. Basta entender que se for preciso ela nos irá abraçar e estará firme para qualquer tempestade e barco sem rumo. Essas sim, essas são pessoas que não devemos perder porque simplesmente valem a pena.

 

 

                                                                       Ingá, outubro de 2015